O agricultor e ex-presidente do Sindicato Rural de Cândido Mota/SP, João Antônio Ferreira da Motta, lembrou o aniversário de seu pai Mário Dias da Motta, que completaria 117 anos neste sábado, dia 30 de novembro.
Nascido em 1907, na cidade de Manduri/SP, Mário chegou em Cândido Mota/SP com 15 anos, em setembro de 1922, com os pais Manoel Dias da Motta e Francelina Dias da Motta, que eram primos legítimos. A família de 9 filhos, sendo Lázaro Ignácio Dias, com 18 anos, que futuramente seria o fundador da Coopermota, Oscar Dias da Motta com 17 anos, Alcídia Dias da Motta com 12, Alzira Dias da Motta com 10, Antônio Ignácio Dias 8, e os pequenos José Alfredo Dias, Domingos Dias Netto e João Ignácio Dias, além de Mário, chegou ao distrito Posto Jacu, como era conhecido o município de Cândido Mota antigamente, para se aventurar no ‘sertão’, onde fixou residência na água do Queixada.
Em 1931, Mário Dias da Motta casou-se com sua primeira esposa, Izabel Barreiros da Motta, com quem teve os filhos Benedito, Aparecido (Nê Dias), Darci Barreiros da Motta e Maria Izail Barreiros da Motta que hoje está com 80 anos residindo em São Paulo. Ficou viúvo em 1954, casando-se novamente em 1955 com sua segunda esposa Maria Ferreira, hoje com 90 anos e residente em Cândido Mota/SP. Tiveram os filhos Marlene, hoje com 68 anos, Maria Luiza de 66 anos, Conceição de 64, João Motta de 62, Márcia Regina que faleceu em 2012 aos 47 anos, e a caçula Leninha, hoje com 57 anos.
Com ajuda dos irmãos, Mário Dias da Motta ajudou a desbravar as terras em Cândido Mota, onde plantou café e criou porcos. Sempre cumpriu sua grande missão como agricultor, de produzir alimentos e ajudar a alimentar o povo.
Em maio de 2009, com 93 anos, seu Mário foi homenageado pela Coopermota como um dos sócios mais antigos e atuantes. No dia 27 de junho do mesmo ano, ele acabou falecendo.
Acidente
Talvez por ironia do destino, em 2014, no mesmo dia do aniversário de seu Mário (30 de novembro), seu filho João Motta foi atingido na cabeça por um boi no sítio da família em Cândido Mota. Foi socorrido para o Hospital Regional de Assis, onde permaneceu internado na UTI.
Após quase dois meses internado em estado gravíssimo, sendo inclusive desenganado pelos médicos, o cândido-motense voltou, como um milagre.
João Motta contou que se viu deitado na maca do hospital e ao lado, seu pai Mário Dias da Motta chorando e orando: “Senhor, salva meu filho João”. Ele disse que também viu Jesus Cristo, que falou: “Seu Mário, eu sou o médico dos médicos, seu filho está salvo em meus braços”.
Depois disso, João Motta disse que pouco se recorda, mas que foi para a casa no início de 2015 e em 12 de maio de 2016, começou a dar os primeiros passos com auxílio da bengala que foi de seu pai. No dia 28 de julho, disse que escutou novamente uma voz dizendo: “guarde as pernas de seu pai e ande sozinho”. A partir daí começou a sair de casa e foi até a igreja matriz Nossa Senhora das Dores, de Cândido Mota, onde subiu as escadarias, entrou pelo corredor central e acompanhou a missa no altar, ao lado do frei Saul Peron, ficando conhecido no município como ‘Joãozinho Milagre’.