O homem preso em flagrante no distrito de Nova Alexandria por sequestro e cárcere privado, além de falsa identidade, estava sendo procurado por homicídio registrado no mês passado, na cidade de Olho D’Água das Flores, no sertão de Alagoas. J. A. de J. S., de 29 anos, foi detido na tarde de quinta-feira, dia 22, após a denúncia de uma mulher de 30 anos, que disse conviver com o homem há dois meses, e desde o início do relacionamento era constantemente agredida e obrigada a permanecer com o acusado, sob ameaças.
Em 25 de agosto, uma câmera de circuito de segurança registrou quando o acusado matou Gildo Maximino de Carvalho, 72 anos, com socos e chutes, em Alagoas. Desde então o suspeito era procurado pela polícia.
Segundo o delegado Hugo Leonardo, titular da 2ª Delegacia Regional de Santana do Ipanema, em Alagoas, J. A. usava o nome falso de Alex. E logo após o assassinato, a polícia pediu a prisão dele por agressão seguida de morte.
Também na época do crime no sertão alagoano, a polícia divulgou que o suspeito era foragido da Justiça de São Paulo. Ele foi condenado pela Justiça de São Paulo pelo crime de feminicídio, por ter matado em 2007 a ex companheira, Lucilene dos Santos Silva, de 43 anos.
Lucilene dos Santos era auxiliar de enfermagem, e foi morta a facadas na casa onde vivia com agressor no bairro Jardins das Hortências, em Itupeva, interior de São Paulo, meses depois de ter contratado um advogado para ajudar J. A. a sair da prisão. Ele havia sido preso porque agrediu na rua outra mulher com quem tinha de se relacionado. Além disso, ele já respondia por tentar matar em 2015 outra ex companheira.

Prisão em Cândido Mota
Durante a prisão do procurado em Nova Alexandria, distrito de Cândido Mota, a vítima disse aos policiais que sofria graves e sérias violações de sua dignidade, tendo afirmado, ainda, que o homem matou um senhor na cidade onde residiam, por conta de discussão envolvendo empréstimo de pequena quantia em dinheiro.
Ainda segundo a mulher, após a fuga do indiciado do Estado de Alagoas, ele sempre a obrigava a estar junto dele, e a trouxe para o distrito de Nova Alexandria após passar por São Paulo e outras cidades. Ela disse que estavam na região há aproximadamente duas semanas, e J. A. sempre a deixava trancada em casa. Quando saíam juntos, a obrigava a permanecer por perto, falar pouco e se identificar com nome falso.
A mulher afirmou que ele teria a mantido em cárcere privado por cerca de duas semanas e, na última quinta-feira, dia 22, conseguiu sair do imóvel e pedir ajuda a um policial militar de Nova Alexandria. Ele acionou outros policiais militares e efetuaram a prisão em flagrante. No momento da prisão, J. A. se identificou por nome falso.
Depois disso, policiais civis e militares entraram em contato com a Polícia do Estado de Alagoas, e confirmaram a existência de dois Mandados de Prisão Preventiva em aberto, em desfavor do indiciado, sendo um do Estado de Alagoas e outro do Estado de São Paulo, ambos pela prática do crime de homicídio qualificado.
Diante dos fatos, o delegado de titular da Delegacia de Cândido Mota, Gustavo Barbosa de Siqueira, decretou a prisão em flagrante do indiciado pelos crimes de sequestro e cárcere privado qualificado pela existência do resultado grave sofrimento físico ou moral, além do crime de falsa identidade, tendo ofertado representação junto ao Poder Judiciário para que o indiciado se mantenha preso preventivamente por tais crimes.
Por fim, juntamente com a prisão em flagrante, foram cumpridos os dois Mandados de Prisão Preventiva que estavam em aberto em desfavor do indiciado, o que permite maior eficácia às apurações realizadas também por policiais de outras delegacias e até mesmo do Estado de Alagoas.
Segundo Gustavo de Siqueira, ‘mais uma vez, as Polícias Civil e Militar atuam em conjunto no combate à criminalidade, buscando promover a melhoria da segurança pública tanto para a cidade de Cândido Mota, quanto para a região’.