Nesta crônica vou falar de um casal que fez uma nova regra, um novo ditado popular. Todos já ouviram falar daquele velho ditado: ‘Atrás de um grande homem, tem sempre uma grande mulher’. Mas, a regra vivenciada por este casal de amigos é: ‘Que ao lado de um grande homem, tem sempre uma grande mulher’. Entre eles, a recíproca é verdadeira, um completa o outro. A premissa maior do Matrimônio é que o casamento é o encontro com o outro e não o encontro consigo mesmo. Sendo assim, cada um não deve buscar a sua própria felicidade e sim fazer o outro feliz.
Este belo casal está sempre junto… no mercado, sacolão. Até no consultório ela o acompanhava e também em nosso salão ela vem com o marido. Belezinha de ver os dois! Esses dias ele nos confessou que ‘soube escolher bem a esposa’ e que ‘ela é linda’. Isso porque eu o questionei sobre o companheirismo dela e lhe mostrei uma foto deles, nos anos 70, e dela ainda na fase do magistério, ainda solteira.
Estou falando do casal, o médico Carlos Izaias Sartorão e da simpatissíssima professorinha Célia Manfio Sartorão. Desta duradoura e bela união, nasceram os filhos Silvia – farmacêutica-bioquímica, a Lígia – estudou comigo no ‘Rachid Jabur’, foi para a área da Odontologia; e Carlos Filho – seguiu os passos do pai. Estes amados filhos lhes deram seis netos: Thiago, Bruno, Victor, Marina, Carlos Neto e a Ana Luísa.

Doutor Carlos nasceu numa cidadezinha lá pelas bandas de São José do Rio Preto, mais uma cidade que eu passo a conhecer. Ele nasceu em Cedral, foi cursar medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro, concluindo o curso em 1958 e logo veio para a nossa cidade, onde, por muitos anos, juntamente com os amigos doutor Fernando Perales e doutor Ossires Maia, teve à frente do ‘Casa Saúde São Paulo’.
A professorinha Célia nasceu aqui, na querida água do Almoço; cursou Letras na Unesp em Assis, lecionou por vários anos e se aposentou como diretora da ‘Escola Clotilde Castro Barreira’, o ‘Grupão’.
Os dois foram vitoriosos em suas respectivas áreas de atuação. Ambas as profissões, ou seja, médico e professora, trazem consigo a mesma particularidade, são ‘Profissões Vocacionadas’, ou seja, não é só querer, é ter a vocação pela vida e pela a arte de ensinar.
Carlos e Célia já completaram 55 anos de vida a dois. Como todos nós, acredito que tiveram alegrias e dissabores, porque a vida é assim, ‘é bonita e é doida’, como diz a poesia do Gonzaguinha. Mas as alegrias são sempre maiores. Acreditamos que eles se sentem realizados com o desempenho dos filhos, todos gente do bem… herdaram o gosto pelo trabalho e pela dedicação ao estudo, cada um em suas respectivas áreas.
O mais novo filho do casal, o doutor Carlos Izaias Sartorão Filho, seguiu os passos do pai, sendo especialista em Ginecologia e Obstetrícia. Meu amigo e cliente de longa data, faz parte do filme de nossa vida, numa bela e profissional atuação. Pelas suas mãos veio ao mundo a nossa tão querida, tão abençoada, tão sonhada filha Maria Letícia, depois de três tentativas frustrantes, onde perdemos três anjinhos. ‘Carlinhos’ sempre se mostrou solidário com o nosso sonho, chegou a nos atender até fora de hora.
E parece que ele não gosta muito de mim e da ‘Princesa Déa’ (risos). Ele fica me incentivando a ser candidato a uma vaga no poder executivo ou legislativo de nossa cidade. É ‘cilada Bino’, falei para ele (risos).
A vocação, a medicina, continua presente na família, agora o Carlos Neto, filho do Carlinhos e da simpática esposa Celyse, que também ‘anda junto’ com o esposo. O filhão está cursando Medicina e ainda sobra um tempinho para ele se descontrair junto ao piano. Sempre brinco com o doutor Carlos, dizendo que ele vai ter um neto ‘Artista Médico’.
Também os netos Marina, fazendo residência em Ginecologia, e o Victor, estão trilhando na Medicina. Thiago partiu para área da Administração, o Bruno está cursando Direito e a neta caçula Ana Luísa está na segunda série do ensino médio e ainda está conversando com os avós e os pais para decidir o curso a ser escolhido. Salvo engano fiquei sabendo que já até passou em um vestibular, sem concluir o ensino médio.
Doutor Carlos e professorinha Célia sempre trazem consigo a serenidade ao viver a vida, sempre sem exageros em todas as esferas, seja econômica e comportamental. Doutor Carlos gosta de frisar: ‘Quando chega a idade, temos que frequentar mais o verdurão e menos o supermercado’.
Sempre quando vem ao Salão, a primeira pergunta dele é ‘Quais são a novidades’. Ele gosta muito de ouvir, mas quando fala, a coerência, a inteligência, a voz pausada fazem parte de sua fala.
Carlos e Célia, exemplo de casal que ‘anda junto’. São vencedores como cidadãos, profissionais, dedicação ao trabalho e à família, tanto é que foram morar em Assis para ficarem perto dos filhos, genros, nora e netos.
Sem sombra de dúvidas, fizeram e fazem de sua família um Castelo de Amor!
Este ‘andar juntos’ deles pode ser por parte dele – a vocação em cuidar da vida das pessoas. Por parte dela, a sua vocação da pedagogia, é aquela que segura nas mãos das ‘crianças’ e as ensinam a criarem as ‘Pontes do Conhecimento’, para que lá na frente elas próprias construam suas ‘Pontes’!
Rogo a Deus que continue a abençoar este belo casal e toda a sua família e amigos!
Louvado seja o nosso Amigo e Senhor Jesus Cristo! Paz e Bem!
- Romildo Pereira de Carvalho é historiador em Cândido Mota.