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‘Gigante Vermelho: Terra roxa de paixão’

Artigo do cabeleireiro, graduado em História e bacharel em Direito, Romildo Pereira de Carvalho.

A nossa querida, amada, solidária e acolhedora cidade de Cândido Mota, está completando sua nonagésima sétima primavera, neste 26 de outubro. Muitas conquistas, muitos sonhos realizados, desde a chegada da comitiva a este recanto, provavelmente no final do século XIX, liderada por Coronel Valêncio Carneiro de Castro.
Os primeiros habitantes ‘civilizados’, já que aqui também haviam indígenas, quando aqui chegaram, devem ter ficado encantados com a beleza geográfica, com o verde esperança das matas, com a quantidade de rios, ribeirinhos, onde as águas deslizavam abundantemente por entre as terras e matas. E devem ter sentido uma batida a mais em seus corações e um brilho nos olhos ao avistar o rio Paranapanema com a sua grandiosidade, pela primeira vez. Também devem ter ficados encantados com a ‘terra roxa de paixão’ e a sua alta produtividade, que levaram sua fama a vários lugares.
Ainda no início do século XX, chegaram à nossa cidade inúmeras famílias, muitas delas vindas da Itália e de algumas regiões do Estado de São Paulo – não vou citar nomes para não deixar algumas de fora. Vieram em busca da fama, da beleza do lugar e da produtividade da terra, iniciando aqui o plantio do café entre outras lavouras e criando aqui suas raízes familiares.
A fama da nossa cidade de ter um dos solos mais férteis do mundo, gerou um apelido carinhoso para a nossa cidade, o ‘Gigante Vermelho’, cantado em versos e prosas por uma dupla da nossa região e de sucesso nacional, os saudosos irmãos Jacó e Jacozinho. Eles gravaram a música ‘Gigante Vermelho’ nos anos 70, e retratava a nossa cidade ‘terra de fartura, campeã do Estado em Agricultura.’
Recentemente o amigo e cândido-motense Moraci Teodoro Ramos compôs uma letra de música para a nossa querida Cândido Mota. Com o título de ‘Terra Roxa de Paixão’, a canção foi gravada pela dupla ‘Peão do Vale e Valentim’, retratando de forma poética a nossa querida cidade.
E a nossa amiga e professorinha Didi Marroni Bertoli, foi muito iluminada ao compor o Hino de Cândido Mota, ao falar ‘cidade hospitaleira e terra do meu coração’. Realmente aqui acolhemos a todos que chegam. E as pessoas que aqui vêm, sentem este acolhimento! Somos uma grande Família!
A agricultura sempre foi destaque de nossa cidade. Por nossa terra ser altamente fértil, já produzimos de tudo; tivemos algumas cerealistas no passado e hoje a ‘Coopermota’ é uma referência do agronegócio.
Teve uma época que tínhamos inúmeras fábricas de farinha de mandioca; nossa querida cidade era conhecida como a ‘Capital da Mandioca’. Vendíamos farinha para todos os lugares e vários Estados. Hoje a soja, o milho e a cana de açúcar cobrem o ‘Gigante Vermelho’.
Há um ditado que diz que ‘quem bebe desta água nunca esquece’.. Realmente, inúmeras pessoas que foram embora de nossa cidade – tenho contato com algumas delas pelas redes sociais – brilham os olhos quando vêem algo publicado sobre a nossa cidade, principalmente em relação ao passado.
Quando enterramos o nosso umbigo em um lugar, cria-se um sentimento de ‘pertença’ com ele, criando raízes de memórias afetivas, enraizando dentro de nosso coração e da nossa alma; sendo assim a nossa cidade torna-se para nós o melhor lugar da Via Láctea.
Temos orgulho de falar ao bom tom de nossa cidade e gratidão em ter dado os primeiros passos neste chão vermelho. Uma satisfação, uma alegria quando estamos viajando e encontramos alguma coisa que nos lembra de nossa cidade. Às vezes encontramos algum cidadão cândido-motense ou encontramos alguma bebida da ‘Casa Di Conti’ e falamos com orgulho que o refrigerante ou a cerveja é da nossa cidade. E quando estamos chegando perto de nossa cidade ao retornar de alguma viagem, o coração bate mais forte.
Um dos lemas da nossa cidade é a fé, sendo assim a religiosidade sempre foi uma marca nossa. Talvez venha da religiosidade o fato de sermos uma cidade acolhedora e todos os irmãos, sejam católicos, sejam de denominações protestantes ou até mesmo de outras denominações, sempre viveram em harmonia, sempre acolhendo o próximo.
Outro lema é o trabalho, os nossos agricultores batalham sempre de sol a sol e olhando para os céus à espera da chuva abençoada que desce como um véu de bênçãos; o homem do campo sempre demonstra seu esforço e sua generosidade na doação de grãos para as inúmeras entidades de nossa cidade.
Os comerciantes, os prestadores de serviços sempre batalham para sustento de sua família, dando sua parcela de contribuição para o melhor dos clientes, dos cidadãos e da cidade.
A nossa eterna gratidão a todos os cidadãos que deram e continuam dando a sua contribuição para a nossa cidade, a todas as autoridades representantes dos três poderes legalmente constituídos (o Executivo, o Legislativo e o Judiciário), aos que estão longe e nunca esqueceram do ‘Gigante Vermelho’.
Aos que passaram pelas cadeiras do Executivo e Legislativo, Judiciário, das inúmeras entidades filantrópicas, das lideranças religiosas do passado glorioso, deram sua parcela de contribuição para o melhor do próximo e da cidade!
Que Deus em sua infinita bondade e misericórdia, continue abençoando a todos nós e iluminando a cada um para que continuemos fazendo o nosso melhor para o próximo e para a nossa cidade e que a solidariedade e o acolhimento sejam sempre o nosso cartão de visita!
Um abraço fraterno a todos munícipes da nossa querida Cândido Mota. Louvado seja sempre o nosso Amigo e Senhor Jesus Cristo! Paz e Bem!

Romildo Pereira de Carvalho, cabeleireiro, graduado em História, bacharel em Direito.

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