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De Jô Soares ao nosso Toninho Leiteiro

Crônica do cândido-motense, Romildo Pereira de Carvalho, graduado em História e Bacharel em Direto.

Dia 5 de agosto duas almas em sua plenitude, fizeram a morada celestial.
Da televisão brasileira tenho admiração pelo Jô Soares e pelo Menestrel Rolando Boldrin.
Quando cursava História, chegava em casa e corria para ver o programa do Jô, às vezes o cansaço era tanto que programava o vídeo cassete para gravar o programa, para assistir no domingo, era um aprendizado de História, Filosofia, Psicologia, Arte, Ciência, de Cultura em todos seus aspectos, enfim muita cultura em um só homem, um grande legado nos deixou.
Na nossa cidade um cidadão também nos ensinou as mais belas lições, ele tinha como base, como meta, o bem querer da família, a dedicação ao trabalho, o exemplo de cidadania, que o levou a uma cadeira do legislativo por duas vezes e a pleitear uma vaga no Executivo, tudo demonstrando a bandeira da cidadania, em fazer o seu melhor para a cidade.
Outra meta era a religiosidade, que o levou a ter uma espiritualidade aguçada, com certeza influenciada pela sua tradicional Bandeira da Folia de Reis, há praticamente 100 anos na família.
Além da Bandeira da Folia de Reis e o belo terço cantado nos velórios, levava a bandeira da família, do trabalho, da cidadania e da religiosidade, isso o levou a ser um dos cidadãos mais populares da nossa cidade, estou falando, é evidente do nosso TONINHO LEITEIRO, deve se escrever sempre com letra maiúscula, por sua grandiosidade, ele praticou a maior virtude do católico, que é a caridade, acolhendo sempre o próximo.

Ele nasceu para cuidar, cuidava da família e “de 32 irmãos”, segundo seu filho Ailton, mas não para por aí, nos tradicionais almoços de Santo Reis, tinha o prazer de cuidar de milhares de pessoas, que independente das suas classes sociais, saboreavam a apetitosa comida com o prato na mão.
Na festa, vivenciávamos a primeira comunidade cristã que tinha tudo em comum e eram alegres, é o milagre da multiplicação dos pães, onde a partilha se faz presente.

Antoninho Vicentino de Oliveira, o nosso TONINHO LEITEIRO, fez sua morada celestial aos 86 anos, foi casado com a saudosa Ineride Ireno, com quem teve a Graça de gerar os queridos filhos e filhas, Rosmaly, David, Ailton, Amilton e Rosimeire, todos carregam o ‘sobrenome’ Leiteiro do Paizão, o David Leiteiro, vem ocupando com empenho, também uma cadeira no Legislativo.
Conversando com a Rosmaly no velório, ela me disse que não se cansava de passar todos os dias no pai para ver se estava tudo bem e dar um cheirinho, todos cuidaram bem do Papai.

Grande legado deixou para a nossa centenária cidade, a sua simplicidade, a sua caridade sempre irá refletir nos nossos corações, a pessoas quando partem para a morada celestial, passam a viver mais intensamente dentro dos nossos corações.
E sua alma se rejubila, quando continuamos aqui a viver movido pelas suas lições nos ensinadas com maestria.
O saudoso poeta Mário Quintana, antes de partir para a morada celestial, mandou escrever em seu túmulo em Porto Alegre, o seguinte epitáfio: “Eu não estou aqui”, realmente o TONINHO LEITEIRO, não estará lá, sua alma já está junto a Deus e ele estará vivo em nossa memória afetiva.
Cordialmente,

Romildo Pereira de Carvalho, graduado em História e Bacharel em Direto.

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