Popularmente conhecida como dentadura, a prótese que substitui todos os dentes da boca é considerada uma alternativa de reabilitação oral há muito tempo na odontologia. Ela devolve o sorriso, do arco superior e/ou inferior, permitindo ao paciente sorrir novamente com segurança e conforto.
Porém, em muitas situações, os pacientes passam anos com esse tipo de prótese sofrendo com situações como: úlceras na gengiva, estética inadequada, dificuldade de fala e mastigação, mordida mais alta de um lado, prótese solta ou muito apertada e acabam se conformando, por considerarem que “não teria como melhorar” e até mesmo deixam de usar a prótese. Mas isso não é verdade, quando bem executada e após as consultas de controle, a prótese total deve promover segurança e conforto.
Não usar a prótese após a perda de vários dentes pode gerar dor na articulação dificultando a abertura bucal, problemas digestivos devido a uma mastigação ineficaz, comprometimento da estética não só do sorriso, como do rosto também, diminuindo o suporte do lábio e alterando as proporções faciais. E em certos casos, a reabsorção óssea, principalmente da dentadura inferior, faz com que a mesma não pare na boca e caso o paciente não se acostume, pode ser indicado uma prótese total fixa sobre implantes.
Por isso, é extremamente importante fazer um planejamento reabilitador individualizado, onde avalio a quantidade de gengiva e osso para verificar um correto suporte da prótese, verifico se a altura da mordida está correta, sem atrapalhar sua fala e mastigação, escolho o dente de forma individualizada, com o formato e a cor que mais combinam com o seu rosto e teremos consultas periódicas de controle para acompanhar como está sendo a adaptação com o novo sorriso e os cuidados com a higiene bucal e da prótese.
Dra Julia Martins Burlim é cirurgiã dentista formada pela Unesp e pós graduada em reabilitação oral e prótese dentária.