Por volta das 22h50 de quinta-feira, dia 18, diversas regiões do Estado de São Paulo registraram tremores. Os abalos sísmicos sentidos pela população foram reflexo de um forte terremoto de magnitude 7,3 na Escala Richter, que ocorreu a 126 km de profundidade e a 20 km ao sul da cidade de San Pedro de Atacama, no Chile.
O geólogo cândido-motense, José Reynaldo Bastos da Silva disse que ‘o terremoto foi gerado por uma falha geológica que se reativou devido ao movimento das placas tectônicas nos Andes chilenos. Tomando como referência o holocentro, ou seja, o ponto da origem em profundidade, as ondas sísmicas ali geradas se propagam na vertical para o epicentro que é a projeção geométrica do holocentro na superfície do terreno. Daí se espalham como ondas concêntricas parecidas com aquelas que se formam quando se atira uma pedra num lago. Assim provocam fortes danos nas proximidades do epicentro. Diminuem de intensidade quanto mais se distanciam’. “Já para dentro da Terra, as ondas sísmicas se refletem até o centro e voltam fazendo um ângulo inclinado em 45 graus. Aí então liberam a energia do terremoto em região do Planeta que se encontram nessa posição geométrica. Projetando dessa forma o epicentro que se formou ontem no Chile na superfície terrestre, temos exatamente a cidade de Assis. Por isso sentimos um pouco desse terremoto por aqui. Porém, depois de percorrer tamanha distância, a energia sísmica vai se dissipando e acaba fraca aqui. Assim sentimos um leve tremor da Terra em Assis poucas horas depois do terremoto originado no Chile”, concluiu José Reynaldo Bastos da Silva, que é Mestre e Doutor pela UNESP e Pós-Doutor pela UNICAMP.