Para a psicologia, o luto não está ligado diretamente à morte, mas sim a qualquer ruptura emocional de um vínculo forte, seja a perda de alguém querido, um divórcio ou um amigo que foi morar longe.
AS FASES DO LUTO
• Negação: Nessa fase, a pessoa não acredita que está passando por isso. É como se fosse um pesadelo, do qual ela quer acordar e encontrar tudo como antes. Um estado de choque, onde a ficha ainda não caiu, tenta fugir da realidade.
• Raiva: A pessoa tem muita raiva da situação, não aceita e a dor da perda gera a busca por explicações, a fim de encontrar respostas sobre o porquê. Sentimentos de injustiça e de culpa surgem e, com ele, a ideia de que foi um castigo.
• Barganha: A pessoa começa a fazer acordos consigo mesmo para poder sair daquela situação de dor e amenizar o problema. Muda comportamentos e busca ser uma pessoa melhor. Surge de novo a confiança e a esperança.
• Depressão: A pessoa se tranca em seu mundo interno. Uma grande tristeza se abate, perde a vontade de fazer as coisas que fazia antes. Um sentimento de impotência, como se o mundo tivesse perdido o sentido.
• Aceitação: A pessoa começa a se acostumar a viver sem o ente querido, aceitando a realidade. Frases de conforto do tipo “foi melhor assim do que viver aqui sofrendo” passam a ser aceitas. Nesta fase volta a enxergar o mundo e a superar a perda.
• De volta à vida: O luto é necessário para nos reorganizarmos internamente e aprendermos a conviver com essa falta, que virou apenas uma lembrança e deixou saudades. O luto é uma “luta” interna para superar a nossa impotência de não poder fazer nada contra a morte.
Um processo adequado de luto varia de seis meses a dois anos. Entretanto, a partir do sexto mês, já é possível verificar se existem sintomas de depressão. O auxílio profissional de um psicólogo pode ser fundamental no processo.