Depois de muita ‘luta’, o cândido-motense Allan Begosso, conhecido como ‘Mini’, conseguiu chegar ao Contender Series, evento ‘peneira’ do UFC, promovido por Dana White, chefão do Ultimate e presidente do Ultimate Fighting Championship.
O lutador iniciou sua carreira muito jovem. Aos 10 anos, quando se mudou de Cândido Mota para São Paulo, conheceu alguns amigos que lutavam Muay Thai, e se interessou pelo esporte.
Aos 16 anos, o cândido-motense machucou o pé em uma luta. Isso o impossibilitou de treinar Muay Thai e Kickboxing, e começou a treinar Jiu-Jitsu. A partir de então começou no MMA.
O cândido-motense vive em Sacramento, Califórnia, desde 2019 e está treinando na renomada equipe Alpha Male desde que chegou. O lutador decidiu ir para os EUA ainda em 2017, após sofrer uma lesão numa luta em que recebeu apenas R$ 350 de bolsa, e perceber que teria melhores possibilidades para sua carreira fora do país. Sua noiva, Gabriela, topou a ideia e eles juntaram cerca de US$ 3 mil com a venda de um carro e a rescisão de contrato no emprego dela.
O caminho até Sacramento, porém, teve um desvio na Europa. Uma amiga de Gabriela a incentivou a passar alguns meses em Portugal, onde haveria uma oportunidade no mercado imobiliário (área na qual ela trabalha) e o casal poderia juntar mais dinheiro para a chegada nos Estados Unidos. Allan topou, os dois arrecadaram cerca de $ 800 euros em presentes de casamento e rumaram para Lisboa.
“Minha esposa não conseguiu fazer negócio nenhum. A gente teve que pagar o aluguel do primeiro mês do quarto, a gente tinha que comer e, cara, acabou o dinheiro”, conta Begosso. Disposto a guardar os dólares para a mudança para os Estados Unidos, o casal apostou numa solução barata para se levantar: vender doces caseiros. A dupla produziu 50 unidades e foi à luta.
“Saímos parando pessoa por pessoa, e vendemos rápido! Pegamos esse dinheiro, fomos no mercado e compramos mais, reinvestimos. Fomos vendendo, vendendo… A galera começou a conhecer a gente. ‘É o casal dos doces lá, o casal dos brigadeiros!’. O casal arrecadou cerca de $ 3 mil euros com os doces, que serviram para bancar as passagens de volta ao Brasil e de ida aos Estados Unidos.
