Neste dia 15 de setembro nossa solidária cidade está comemorando o dia da nossa Padroeira, Nossa Senhora das Dores, que dá o nome à nossa paróquia.
Pela história oficial, que nos chegou pela tradição oral, em 1913, o coronel Valêncio Carneiro de Castro, que tinha uma propriedade aqui nessa terra, o nosso fundador, doa uma área plana para a construção da igreja.
Em 1919, nosso povoado, conhecido como “Posto do Jacu”, “Parada do Jacu”, porque aqui o trem parava para abastecer das águas do rio Jacu, ou “Chave”, aqui na estação ferroviária, tinha uma chave, para se fazer as manobras dos trens, constrói uma igreja de madeira, o vigário de Assis era o monsenhor David Corso, que ficou responsável pela nossa comunidade.
No ano de 1922, a ‘Vila de Cândido Mota’, era distrito de Assis, a população aumentou, sendo assim necessária a construção de uma outra igreja de madeira, por fora da antiga.
Em 1925 foi construída uma igreja de tijolos, por fora da igreja de madeira.
Provavelmente em 1926 termina a construção e é demolida a igreja de madeira.
No ano de 1927, no dia 15 de setembro, o bispo dom Carlos da Costa, de Botucatu, nomeia a igreja matriz, de ‘Paróquia Nossa Senhora das Dores’, provavelmente por ser o dia dedicado à Nossa Senhora das Dores, ou seja, nossa paróquia tem 95 anos de existência.
No ano de 1928, o padre Carlos Fuchs é nomeado o primeiro vigário da paróquia.
Em 1956, já com a presença dos nossos amados e vocacionados freis capuchinhos, que chegaram aqui em 1954, ou seja, há 68 anos, construindo juntos, uma bela e abençoada história, foi construída no estilo colonial, a nova igreja matriz; também construída por fora da outra, o vigário era o frei Teófilo Maria de Amparo.
Provavelmente em 1958 é demolida a velha igreja, sendo a nova inaugurada em 1962.
Também entre 1957 a 1962 foi construído o Convento dos Frades.
E por último, de 1968 a 1973, foi construído o Salão Paroquial, decorado com uma bela pintura do inesquecível e querido José Bravo.
Na solenidade da Missa da Nossa Senhora das Dores, são relembradas as sete dores sofridas pela Mãe do nosso amigo e Senhor Jesus Cristo e também nossa Mãe. Na cruz Jesus disse: “Filho, eis aí sua mãe”.
A primeira dor de Maria está em Lucas (2,35), que foi a profecia do sábio Simeão, que reconheceu o filho de Deus, quando Maria e José foram levar o menino Deus no Templo em Jerusalém, no oitavo dia do nascimento, para a sua apresentação, e Simeão disse a Maria que, “uma espada transpassará a tua alma”. Maria ainda jovem e uma mãe recente, teve que conviver com esta profecia.
A segunda dor, foi a fuga para o Egito; vemos em Mateus (2,13.15), porque Herodes havia mandado matar o filho do Altíssimo.
A terceira dor, está em Lucas (2,41.50), onde Maria e José levaram Jesus, com 12 anos, para a festa da Páscoa em Jerusalém, juntamente com outras pessoas em uma caravana.
Maria e José, retornavam à sua cidade, entretanto Jesus ficou no Templo pregando. Ao perceberem a ausência do filho, voltaram assustados e encontraram o filho pregando; por três dias Maria sentiu a dor de ter perdido o filho em Jerusalém.
A quarta dor está na tradição da igreja, a qual Maria, com toda a certeza, encontrou-se com o filho em direção ao Calvário, e acompanhou de perto o sofrimento, o peso da cruz, viu e sentiu seus ferimentos e entendeu o Plano da Salvação de Deus, em resgatar a nossa Santidade, na morte de cruz, sofrida pelo seu filho amado.
A quinta dor está em João (19,25), onde Maria estava ao pé da cruz, vendo a morte de seu filho e sentido a espada entrar em seu peito, como Simeão profetizou, assistindo toda a tortura sofrida por seu filho.
A sexta dor também está na tradição da igreja; Maria recebeu o filho morto em seu colo, retratado por Michelângelo tão divinamente. E a última dor de Maria foi acompanhar o sepultamento do filho, consumando o Plano de Deus para a nossa humanidade.
Ave Maria…
Romildo e Andréa Maria Carvalho, agentes da Pastoral, na Paróquia Nossa Senhora das Dores de Cândido Mota/SP.