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Depois de ‘dar volta ao mundo’ de carona, cândido-motense inicia viagem de bicicleta até o Alasca

O cândido-motense Gabriel Dias, de 25 anos, conhecido como ‘Gabriel Viajou’ nas redes sociais, deu início em dezembro, a uma viagem de bicicleta até o Alasca.

O cândido-motense Gabriel Dias, de 25 anos, conhecido como ‘Gabriel Viajou’ nas redes sociais, deu início em dezembro, a uma viagem de bicicleta até o Alasca.
O aventureiro, que hoje reside na cidade de Brasnorte/MT, deu a volta ao mundo de carona, em 2017. Desta vez, serão em média, 150 dias de viagem até o estado americano, cruzando 11 países.
“Sempre tive vontade de viajar. Alasca nunca foi o meu destino principal, mas a ideia é conhecer tudo que tem pelo caminho, uma vez que é o lugar mais longe que podemos ir em terra, sentido a América do Norte”, explicou.
O jovem, nascido em Cândido Mota, é empresário em Cuiabá. Em agosto de 2017, passou um ano viajando de carona por 50 mil quilômetros e conheceu os 13 países da América do Sul.
“À época tinha dinheiro, mas não tinha tempo. Então, chegou um momento em que não estava mais feliz com o trabalho, terminei com a namorada, meu financeiro também estava ruim, mas percebi que, naquele momento, eu tinha tempo. Deixei uma pessoa cuidando da empresa, que agora está inativa, e saí para viajar”, contou.

O jovem afirmou que dois dias depois de anunciar o afastamento na empresa da qual era proprietário, levou o carro e os pertences que ele tinha até Brasnorte, onde os pais dele moram, e com R$ 3 mil e uma mochila contendo alguns alimentos e roupas, pegou a primeira carona.
“Meus pais ficaram preocupados, ninguém acreditou que eu seria capaz de fazer isso, mas fiz e me sinto realizado. Utilizei um GPS offline no celular para conseguir traçar um caminho e irei utilizá-lo para ir até o Alasca também”, disse.
Gabriel disse que pretende viajar por mais cinco anos. Ao chegar no estado americano, ele disse que quer arrumar um emprego temporário e comprar um carro ou uma van para seguir viagem.
“Eu precisava recomeçar, decidi tirar férias de um ano. No entanto, continuarei minhas férias por mais cinco anos e depois vejo o que farei”, disse.

Idioma e clima
Gabriel disse que não sabe falar o idioma americano e que vai aprender por conta própria, assim como fez para aprender o espanhol quando viajou pela América do Sul. Quando saiu do Brasil, ele não sabia nada sobre outros idiomas e precisou se adaptar.
“Mal sabia o português. Foi muito difícil, mas eu fazia mímica, traduzia as palavras no celular e, depois de um tempo, comecei a me adaptar ao espanhol. Atualmente, quando alguém fala em espanhol, consigo entender tudo. Sei falar também, mas poucas pessoas me entendem”, ressaltou.
Além disso, ele disse que não tinha roupas adequadas para enfrentar o frio quando chegou no primeiro país depois do Brasil, o Uruguai.
“Com o dinheiro que eu tinha, comprei roupas de frio e uma câmera. Depois de um tempo, a gente se adapta e as coisas começam a fluir. Sei que o frio no Alasca é maior, mas irei me adaptar, só quero chegar lá”, pontuou.

Alimentação
Levando apenas uma mochila e pouco dinheiro, comparado ao tempo de viagem, Gabriel contou que vende fotos dos lugares que ele já passou para conseguir dinheiro para se alimentar.
Segundo o jovem, quando ele viajou pela primeira vez, além das caronas de carro, caminhão, avião e barco, as pessoas o ajudavam com dinheiro.
“Eu não pedia, mas muita gente me ajudava. Comecei a me sentir desconfortável com a situação, então decidi vender as fotos dos lugares por onde passei para conseguir o dinheiro”, contou. As fotos, segundo Gabriel, são tiradas de uma câmera simples e também do próprio celular.

O nome dela é… Berenice
Gabriel conta que o apego pela bike foi tamanho que até um nome a bicicleta tem. “Berenice é minha companheira. Juro que não tem um porque, apenas achei que combinasse com ela e a batizei assim”, conta.

O rumo é certo
Alasca é o ponto final de Gabriel. Ele explica como foi feito o planejamento mediante a localidade e não tempo.
“No trajeto a gente vai conhecendo pessoas boas e acaba querendo até ficar mais tempo no local. Por isso o tempo não é algo que defini, mas quero fazer tudo em 100 dias mais ou menos. Vou passar pela Venezuela, Colômbia, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, Guatemala, México, Estados Unidos, Canadá e, por fim, Alasca. São de 14 a 20 mil km”, disse.

(Com informações do G1 Mato Grosso)

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