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Do ‘EuMoroComEle’ à política: a trajetória da advogada Rosangela Moro que deixou o PR para disputar eleição por SP

Candidata a deputada federal por São Paulo nas eleições de 2 de outubro pelo União Brasil, concedeu entrevista exclusiva a O Diário do Vale.

A advogada Rosangela Wolff Moro, esposa do juiz Sérgio Moro, nascida em Curitiba e candidata a deputada federal por São Paulo nas eleições de 2 de outubro pelo União Brasil, concedeu entrevista exclusiva a O Diário do Vale. Em um ‘pingue pongue’, a filha de alfabetizadora de escola pública e mestre de obras, com quem diz ter aprendido bons valores cristãos e morais, observou na educação uma ferramenta de transformação.
Ela conta que em 1996 conheceu o então professor titular de Direito Constitucional substituto Sérgio Moro. E que por estar no limite de faltas permitidas na disciplina, foi explicar a situação. E que, no entanto, foi surpreendida por um: ‘Prezada, é só não faltar mais’.
Em uma dessas peripécias que só o destino é capaz de escrever, meses após Moro deixar de ser seu professor, eles se reencontraram em um barzinho. E ali começaria uma intensa história de amor. Foi com o juiz federal que ela se casou, e teve dois filhos.
Advogada na área tributária, mas com forte tendência às causas sociais, optou por se especializar no direito das associações. Em 2009, recebeu um convite para desenvolver um trabalho para a Federação das Apaes do Estado do Paraná.
E mais adiante decidiu apoiar o trabalho do marido. No auge da Operação Lava Jato, criou a página ‘EuMoroComEle’ com a ‘intenção de que todos os atores da Operação Lava Jato se sentissem apoiados pelo Brasil’.
Abaixo, o bate papo na íntegra, com a candidata a deputada federal.

O Diário – Qual o motivo de se candidatar por SP e não PR?
Rosangela – São Paulo é um lugar que representa muito da Operação Lava Jato, um Estado apoiador e que merece levar pra Brasília alguém que seja uma legítima representante da Lava Jato. Eu vi bem de perto o que acontece contra quem ousa desafiar os grandes poderosos e o que tentam há anos fazer com a luta contra a corrupção. Precisamos mudar esses valores.

O Diário – Quais as maiores bandeiras que pretende levar para representar SP em Brasília?
Rosangela
– O apoio ao fortalecimento da luta contra a corrupção, principalmente pelo fim dos grandes privilégios: o foro privilegiado e a prisão em segunda instância. Além disso, quero incentivar mais mulheres na política fazendo com que tenhamos mais igualdade política e por fim, quero lutar pelo direito das pessoas com deficiência, lutando para aliviar suas condições e pelas mães que sofrem muito ao verem seus filhos sem nenhuma proteção estatal.

O Diário – Qual será a sua posição em relação a temas importantes, como o orçamento secreto e o teto de gastos?
Rosangela
– Me posicionarei contra tudo aquilo que representa uma forma de burlar a lei ou que possa ser uma manobra para permitir a corrupção. O Congresso Nacional tem que estar preocupado em fazer leis que beneficiem a população e não em aprovar medidas que beneficiem a classe política. Se eleita, me comprometo a ser firme com os meus valores e a ser oposição contra qualquer manobra corrupta.

O Diário – SP, como o PR, é um Estado de grande produção agrícola. Quais os projetos para o fortalecimento do agro?
Rosangela
– O interior de São Paulo está passando por uma modernização do campo nunca antes vista na história e para isso, como deputada quero investir em emendas técnicas e que convergem com inovação. O caminho é investir em infraestrutura que permita um desenvolvimento sustentável e essa é a oportunidade perfeita para o crescimento do agronegócio em nosso Estado.

O Diário – Você pretende visitar a região do Médio Vale do Paranapanema em breve?
Rosangela
– Gosto muito de me conectar com a natureza e Cândido Mota é um lugar que sempre quis conhecer, com muitas cachoeiras e ar limpo. É a oportunidade perfeita para escapar um pouco da rotina e desfrutar da natureza. Desejo conhecer muito em breve!

O Diário – Em um eventual segundo turno entre Lula e Bolsonaro, qual será o seu discurso?
Rosangela
– Vamos lutar para que esse cenário não seja a nossa realidade no segundo turno. Temos uma excelente opção de terceira via que é a Soraya Thronicke. Sem dúvida alguma, ela é a escolha para o Brasil que queremos ver no futuro. Queremos construir um país melhor, longe da corrupção e que sabe contra o que deve se importar.

O Diário – Se eleita, qual será o peso do interior na composição do seu trabalho em Brasília?
Rosangela
– O interior representa muito porque é nesses lugares em que vemos muito jogo político sujo. Enquanto a realidade era ver políticos se aproveitarem da falta de fiscalização, eu quero trazer as demandas desses lugares durante todo meu mandato, para fazer diferente. Meu desejo é que todos se sintam acolhidos e ouvidos. Meu mandato será direcionado para trazer melhorias para o povo e não para o meu benefício.

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