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Estoque de CPRs registradas chegou a R$ 266 bilhões

Publicada a última versão do Boletim de Finanças Privadas do Agro

A cada mês, os instrumentos de financiamento privado do agro têm apresentado novos incrementos. No caso da CPR (Cédula de Produto Rural), os valores em estoque registrados do título saltaram de R$ 170 bilhões, em julho/2022, para R$ 266 bilhões em julho/2023, com 57% de elevação. 

A atualização do valor foi registrada no Boletim de Finanças Privadas do Agro, produzido pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com dados referentes ao mês de julho. O boletim é atualizado mensalmente com o desempenho dos principais instrumentos de captação privada de recursos para o financiamento das cadeias produtivas do agronegócio.

O tíquete médio do estoque de CPR registrado ficou em R$ 1,64 milhão em julho, 23% inferior ao do ano passado. Dentre as razões da redução do tíquete médio, uma das principais é que neste ano tornou-se obrigatório o registro de CPR com valor superior a R$ 50 mil. Antes, a obrigatoriedade de registro era para CPR com valor superior a R$ 250 mil.

O tíquete médio significa uma maneira de se referir a um valor médio, no caso, ao valor médio dos contratos de CPR.

“Com a ampliação da obrigatoriedade de registro para CPR de menor valor, o mercado ganha maior transparência, o que permite uma melhor avaliação de risco do produtor rural pelo mercado financeiro, podendo resultar em redução de custos de financiamento ao produtor”, explicou o diretor de Política de Financiamento ao Setor Agropecuário, Wilson Vaz de Araújo.

“A CPR hoje é um dos principais instrumentos de financiamento privado da produção agropecuária brasileira. A lista de produtos que podem ser financiados pelo título é bastante ampla, como pode ser visto no Boletim de Finanças Privadas do Agro”, acrescentou o coordenador-geral de Instrumentos de Mercado e Financiamento, Jonathas Alencar.

Os estoques de LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) continuaram crescendo. Em julho deste ano, estavam em R$ 423,88 bilhões, sendo 49% superiores aos de um ano atrás. De acordo com análise da Coordenação de Instrumentos de Mercado e Financiamento (SPA/Mapa), com o novo Plano Safra, a exigibilidade para que recursos de LCA sejam aplicados no financiamento do setor agropecuário foi elevada de 35% para 50%. Nesse sentido, o aumento nas emissões de LCA somado à elevação da exigibilidade, tem como resultado a maior entrada de recursos financeiros privados no setor.

Em julho, o patrimônio líquido dos Fiagro alcançou R$ 15,4 bilhões, um salto de 170% frente a igual período do ano passado, apesar do leve recuo em relação ao mês anterior. (Colaborou Assessoria de Imprensa)

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