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Família do Pietro Guiotto (Pedro Guiotti) e da Lúcia Manfio

Crônica do cabeleireiro, graduado em História e Bacharel em Direito, Romildo Pereira de Carvalho.

Dentre as várias famílias que temos contato e vivência, temos um grande apreço pela família Guiotti, em virtude de que por muitos anos fomos inquilinos e vizinhos do Juliano Guiotti e da sua batalhadora esposa Lúcia Maróstica Guiotti, o Juliano tinha um Açougue (Santo Antônio) do lado do nosso Salão (Cabeleireiro), a família dele teve o açougue por várias décadas, desde seu Pai, o inesquecível Joaquim Guiotti (“Juca”) , que usava bombacha e andava com um lenço no pescoço e sempre acompanhado de seus cachorros (Tresete, Safi e Fiança, esta levava carne enrolada em plástico e em jornal, na boca, até a casa dele (onde hoje é o Sicoob) para a esposa fazer, trabalharam no açougue também, o saudoso Jorge Guiotti, o Ivo Guiotti, que são filhos do “Juca”, o Rubão e o Luciano, filhos do Juliano, todos os dias estávamos juntos, o prédio do nosso salão pertencia ao Juliano, pagávamos aluguel para ele, depois passou para o filho Fábio e por último pagávamos para o neto dele, o Felipe Guiotti, que hoje é meu vizinho residencial, cultivamos uma bela amizade e o vínculo continua.
O Fábio Guiotti, filho do Juliano, fez uma bela pesquisa e montou a árvore genealógica da sua família e me passou alguns dados que vou compartilhar com vocês, esta família que deu origem às milhares de famílias da nossa solidária cidade. O Patriarca da família é o Senhor Pietro Guiotto e a Senhora Lúcia Manfio.

Pietro Guiotto, depois aqui era conhecido como Pedro Guiotti, nasceu em 2 de fevereiro de 1864, em Urbana, Padova, região de Veneto, Itália, seu pai, Bortolo Guiotto, tinha 45 anos e sua mãe, Luigia Belleni, tinha 35 anos. Ele casou-se com Lucia Manfio em 16 de dezembro de 1888, em Rio Claro, São Paulo, Brasil. Ele faleceu em 9 de setembro de 1957, em Cândido Mota, aos 93 anos.
Lúcia Manfio nasceu em 1870, em Fontaniva, Padova, região de Veneto, Itália, seu pai, Giuseppe Manfio, tinha 31 anos e sua mãe, Domenica Telatin, tinha 27 anos. Eles tiveram pelo menos 10 filhos e 4 filhas. Ela faleceu em 11 de fevereiro de 1936, em Cândido Mota, São Paulo, com 66 anos.
O Fábio nos conta que seu bisavô, chegou aqui no Brasil aos 22 anos, em 1886, chegou em São Paulo a procura de uma melhor qualidade de vida cruzando o Atlântico, de São Paulo veio para o interior a pé margeando a linha férrea da Sorocabana, chegando em Botucatu, às obras da ferrovia paralisaram ali, neste percurso que fez a pé, dormia em árvores, provavelmente com medo de onças e outros animais, já que viu uma onça atacar um índio, chegou a trabalhar como administrador de fazendas na região de Jaú, onde nasceu seu primeiro filho, depois foi para Mineiros do Tietê, São Manuel, Macatuba( morou por três vezes), Bocaina, Lençóis Paulista, onde nasceram os seguintes filhos: Ângelo (1889), David (1891), Antônio (1893), Maria (1894), Luiz 1897), José (1889), Bertrand (1900), Cristina (1903), Palmira (1904), Gino (1905), Joaquim (1906), Pedro (1909), Genoveva (1910), Rita (1913).

O Ângelo foi casado com Maria Luiza Daré, tiveram 11 filhos, o David casou com Leonilda Rorato Pirolo, tiveram 11 filhos, o António casou com Celestina Daré, tiveram 8 filhos, a Maria casou com Celestino Daré, tiveram 10 filhos, o Luiz casou Maria Merlo, tiveram 12 filhos, José casou com Regina Rorato, tiveram 12 filhos, o filho Beltrand, não se teve notícias dele, Cristina casou com Henrique Vasques, tiveram 8 filhos, Palmira casou com Eduardo Mazanatti tiveram 7 filhos, Gino casou com Santina Daré, tiveram 3 filhos, Joaquim casou com Lúcia Fadoni, tiveram 6 filhos, Pedro casou com Norma Celestino Manfio, tiveram 12 filhos, Genoveva casou com José Bueno Prado, tiveram 5 filhos e por último a Rita casou com Girdo Virto e tiveram 3 filhos, (Ufa! Cansei, muita gente, risos).
Pedro Guiotto, teve 14 filhos, 118 netos, dezenas de bisnetos e tataranetos.
O Joaquim Guiotti, seu filho Juliano, tinham uma paixão em comum, a paixão pelos cães, o neto Rubão e o bisneto Felipe também mantém a tradição, não se separam dos fiéis amigos. O Juliano teve um pastor alemão, o Cação, este também levava carne na casa dele, era o “entregador”, eu presenciei algumas vezes, o mais impressionante é que nenhum cachorro chegava perto do Cação e ele não comia a carne.
Há quem diga que o Pedro Guiotti, também sempre teve um “amigo fiel”, ao seu lado. Estou pensando em comprar um lenço para meu vizinho Felipe Guiotti para manter a tradição do Bisavô, quem sabe ele usará no seu casamento, a bombacha não precisa tchê!
Muito gratificante narrar estas belas histórias de batalhas, derrotas (que nos faz crescer) e acima de tudo de conquistas e ter convivido e conviver com estas corajosas e batalhadoras personagens da nossa cidade.
Resgatando o passado, edificamos o presente e glorificamos o futuro.

Romildo Pereira de Carvalho, cabeleireiro, graduado em História e Bacharel em Direito.

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