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Filme gravado em Sussuí, com Rolando Boldrin, estreia em Festival de São Paulo

Curta-metragem foi gravado no distrito de Sussuí, que pertenceu a Cândido Mota até 1938, quando foi transferido para Comarca de Palmital/SP.

Uma obra cinematográfica que lança luz sobre as raízes e memórias do interior profundo de São Paulo está prestes a encantar os espectadores no cenário internacional. Com a estreia mundial agendada para esta sexta-feira e sábado, dias 25 e 26 de agosto, durante o 34º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo – Curta Kinoforum, o filme ‘Despovoado, ou tudo que a gente podia ser’, foi gravado no distrito de Sussuí, que pertenceu a Cândido Mota até 1938, quando foi transferido para Comarca de Palmital/SP.
Situado no início do século XX, quando o Oeste era conhecido como ‘Terrenos Despovoados’, o filme assume a perspectiva do Velho Oeste, interpretado por ninguém menos que Rolando Boldrin, renomado ator, músico e apresentador brasileiro, figura emblemática da cultura popular. Boldrin, reconhecido por sua participação em novelas, programas musicais e produções cinematográficas, inclusive ‘Doramundo’, ‘Ele, o Boto’, ‘O Tronco’ e ‘O Filme da Minha Vida’, traz à vida as visões de um senhor branco, filho de pistoleiro, que se reconecta com as lembranças da juventude ao som de uma música na caixinha bluetooth de sua neta.

Com Rolando Boldrin, curta-metragem estreia mundialmente nesta sexta-feira, dia 25

O enredo do filme equilibra romance e tragédia, explorando os conflitos durante a colonização do interior profundo de São Paulo. A narrativa se desenrola na fictícia ‘Querência dos Olhos D’Água’, uma vila rural que acolhia migrantes de diversas regiões do Brasil em busca de terra e trabalho. Confrontada com um mistério inexplicável, a comunidade lida com o surgimento de um barulho estranho que desafia as memórias românticas do período, revelando, assim, os episódios de violência ocultos contra os povos indígenas que habitavam o território.
O filme conta com a participação especial de Dulce Jorge Kaingang, Susilene Kaingang e Itauany Kaingang, três mulheres indígenas remanescentes da etnia Kaingang no Oeste Paulista. Essas mulheres, que atualmente residem no Território Indígena Índia Vanuíre, são responsáveis pelas atividades do Museu Worikg e trazem uma camada adicional de autenticidade à narrativa.
A direção é assinada por Guilherme Xavier Ribeiro, vencedor do Prêmio Canal Brasil no mesmo festival em 2022 com ‘Ainda Restarão Robôs Nas Ruas Do Interior Profundo’.

A direção é de Guilherme Xavier Ribeiro, vencedor do Prêmio Canal Brasil 2022 com ‘Ainda Restarão Robôs Nas Ruas Do Interior Profundo’

A produção do filme é obra conjunta de Fernanda Scudeller e Guilherme Peraro, com direção de fotografia por Guilherme Gerais e direção de arte por Beatriz Xavier. Produzido pela cooperativa audiovisual Oeste, sediada em Assis, o curta-metragem foi filmado no distrito de Sussuí. O local, um antigo povoado, é conhecido por sua história marcada por uma epidemia de febre amarela nos anos 70, que resultou na perda significativa de sua população. Com a estreia no cenário do Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo, ‘Despovoado, ou tudo que a gente podia ser’ promete emocionar e instigar o público com sua exploração da história, memória e identidade regional.

(Colaborou Assessoria de Imprensa e com informações do AssisCity)
(Fotos: Gabriel Samezima/Divulgação)

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