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Hélio do Foto São Paulo

Na crônica de hoje, vamos deixar o lado ocidental e trazer um pedacinho da parte oriental até nós.

Antes de ‘retratar’ o protagonista principal destas singelas palavras, quero evangelizar um pouco, isso porque sempre é aconselhável colocar Jesus em tudo, e o protagonista oriental está relacionado aos Sacramentos que recebemos em nossa caminhada.
Sacramento é um canal de Graça, instituído pelo Autor da Graça, que é o próprio Jesus, que nos deixou algo de concreto, para recebermos o Espírito Santo e toda a sua Graça.
A maioria das pessoas que a partir da década de 60 recebeu os sacramentos: do Batismo, da Eucaristia, do Crisma e principalmente do Matrimônio, provavelmente foi retratado pelo olhar carinhoso, dedicado, profissional e das lentes de uma Kodak do nosso amigo e grande cidadão, que fez e faz como ninguém parte da história de muito de nós. Estou falando do amigo Hirofumi Samesima, este nome pouca gente conhece, entretanto se falar que é o Hélio do Foto São Paulo, a maioria das pessoas já sabem de quem se trata.
Casado com a sua amada esposa Neide, também parceira no trabalho, onde desta união nasceram os filhos Helinho, meu amigo guitarrista e a Lieko, amiga de caminhada na Fé e nas Pastorais.
Nosso amigo Hélio nasceu em 1941 e aos 13 anos veio para Assis, trabalhar na Art Foto Assis, que pertencia ao Sr Maeda, amigo da família. Lá aprendeu a arte da foto, e em 1960 chegou a nossa cidade para trabalhar no Foto São Paulo, que na época pertencia ao Sr Maeda, e localizava-se na esquina onde é hoje a Lotérica Avenida, só que era em uma pequena portinha, abaixo da escada do prédio. No andar de cima, funcionava a Câmara de Vereadores e enfrente do prédio existia o ‘Cartório de Paz’.
Nosso amigo Hélio, no início com 19 anos, inteligente, fala doce, carismático, fez amizade com os vereadores e com os cartorários da época, os tradicionais cidadãos Antônio Odílio, seu filho Sérgio Queirós e o Gerson Zanini. Sua profissão de fotógrafo começou a se destacar bem aqui no centro da cidade, ou seja, as pessoas casavam no cartório e já iam na frente tirar um ‘retrato’, como se falava na época.
Passado algum tempo, foi se destacando na Arte da Fotografia e mudou para um prédio comercial mais novo e maior, que pertencia a Família Diogo, onde hoje é uma Farmácia de Manipulação. Nesta época também deixa de ser empregado e compra o Foto São Paulo do amigo Maeda.
Entre o ano de 1965 e 1966, adquire o terreno na Praça Monsenhor David e constrói seu prédio novo, que há quase 54 anos está no mesmo lugar.
Somando os quase 65 anos dedicados à Arte de registrar os melhores momentos das pessoas, seja nas comemorações dos Sacramentos do Batismo, da Eucaristia, da Crisma ou do Matrimônio ou até mesmo nas famosas fotos três por quatro, muito pessoas de nossa cidade teve o carinho do olhar e das lentes profissionais desse ser humano incrível.
A Imigração Japonesa, assim como as outras, ajudaram muito na formação do nosso País, principalmente na parte do trabalho, educação, arte… E acima de tudo, comportamento humano exemplar.
Falando em exemplo, quem levanta de manhã pode ver o Hélio com sua bicicleta, equipada com retrovisor e usando um capacete, dando umas pedaladas, cuidando da mente e do físico.
Terminando, o Hélio tem um irmão que mora aqui, não vou falar seu nome, porque quando eu ganhar nessas loterias ludibriantes, vou contratá-lo para ser meu Guia Espiritual, Financeiro e Turístico. Vai que alguém o contrata antes de mim.

Só posso falar que este irmão é meu amigo e no dia 27 de janeiro de 1979, abriu para mim uma poupança na Caixa Econômica Estadual. Ele tem o sorriso mais alegre de todos os descendentes orientais, só vou falar o apelido, ‘Luizinho da Caixa’, casado com a Stela, grande incentivadora das minhas crônicas, sendo seu amado esposo, o melhor genro oriental da amada e querida Dona Esterzinha.
Todas as vezes que passo em frente da Igreja Matriz faço o sinal da Cruz, me benzo e tenho que obrigatoriamente ‘jogar’ uma conversinha com este grande ‘Samurai’, nosso muito ‘arigato’ Hélio, por fazer brilhantemente parte da história de Cândido Mota, registrando sempre de maneira ímpar, os melhores momentos dos nossos cidadãos, ora na infância, ora recebendo os sacramentos, conseguindo com seu olhar doce captar as nossas alegrias! Paz e Bem!

  • Romildo Pereira de Carvalho, historiador e cabeleireiro.

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