Depois desta crônica de hoje, vou ter que procurar algum frei amigo para me confessar do pecado da inveja que tenho deste ‘senhorzinho’ de 84 anos, com condicionamento físico de um jovem de 18. Se bem que a inveja que tenho dele é uma ‘inveja branca’, sem querer o mal. Falo do grande atleta José Mazanti, casado há 57 anos com a também atleta Hilda Contin Mazanti, pais de William, grande ser humano, religioso, excelente profissional em eletrônica; da Josiane, gente do bem, educada, boa conversa, dedicada na área que desempenhou tão bem, apesar das dificuldades do setor e mãezona do ótimo e inteligente filhão pós-doutorado na área de engenharia, o Guilherme; do Paulo, também era um ser diferenciado, inteligente, educado.. morava em Mogi das Cruzes, e que tive o privilégio de conhecer, salvo engano, também fez engenharia, mas ‘infelizmente’ partiu cedo para o Reino de Deus, em 2008. A família dos atletas é formada ainda por três netos Guilherme, Matheus e Marco, uma neta, a Sabrina, e uma bisneta, a Emilly, filha da Sabrina, que nasceu há pouco tempo.
José Mazanti foi um dos grandes alfaiates, por profissão, e hoje é atleta, por paixão, sendo esta paixão despertada pela sua amada esposa, segundo ele mesmo afirmou em uma entrevista ao Programa Frente a Frente, de ‘O DiárioTV, canal do Youtube de O Diário do Vale, apresentado pelo parceiro Cláudio Buzzo. O nosso atleta diz que bebia e fumava muito e sua esposa pediu para que parasse e fosse fazer esportes. Ela também pratica natação e participa de várias competições com o grupo da Terceira Idade.
Quando decidiu abandonar os vícios, tinha 66 anos; foi para o estádio municipal e deu uma volta de 400 metros, cansou. No segundo dia deu duas voltas e hoje corre, na semana, 50 quilômetros, marca realmente invejável para uma pessoa de 84 anos. Quanta disposição! Eu acho que se somarmos os seus treinos e as suas competições, ele já deu umas três voltas ao mundo. Faz a conta aí Guilherme! Além de corredor, ele é nadador. Como corredor, participou de inúmeras competições, mais de 300, colecionando mais de 60 troféus e mais de 300 medalhas.
Segundo ele, na entrevista a O DiárioTV, correu 10 mil milhas em Bauru, mais de 16 quilômetros, também participou da ‘São Selvagem’, também em Bauru, esta prova é de 10 quilômetros, no meio do mato, campo, invernadas, enfim uma prova que exige bastante condicionamento físico. Um orgulho para toda a família, para nós sedentários e para todos os cândido-motenses, isso porque seu José Mazanti representa todos nós na corrida de ‘São Silvestre’, na vida do ano em São Paulo. Já competiu 17 vezes. Nestas competições já conseguiu alguns pódios, participou também nos Jogos Regionais, sempre conseguindo índices.
Os pódios não vêm ao caso, o que importa é que este casal conseguiu o primeiro lugar no pódio da vida da superação; conseguiu o primeiro lugar nos corações de toda a sua bela família e nos são exemplos de casal, onde reina o amor, o companheirismo, religiosidade, simpatia, cidadania…. São espelhos, o qual gostaríamos de ver suas imagens em nós refletidas, para chegarmos na marca de suas idades com vitalidade, conseguindo fazer um por cento do que eles fazem e queira Deus que façam ainda mais!
Por fim, segundo o meu amigo Yoshio Saito, pai da simpática dupla Mateus e Miguel, ele chegou a jogar futebol com o Zé Mazanti, lá no campinho do jardim Santa Lúcia e em outros campos. Yoshio conta que ele era zagueiro, jogava sorrindo e parava os chutes, ou melhor as ‘bombas’ do jogador ‘Fião’, com a cabeça. Lembro que joguei bola com o ‘Fião’ lá no campo do saudoso ‘Zé Frangueiro’ e ele sempre jogava descalço. O Mazanti defendia com a cabeça e falava, dando risada, ‘mais uma’. Eis José Mazanti, exemplo e sinônimo de vivacidade! Louvado seja o nosso Amigo e Senhor Jesus Cristo! Paz e Bem!
Romildo Pereira de Carvalho é cabeleireiro e historiador, colaborador voluntário de O Diário do Vale.