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Mais um fêmur de dinossauro é encontrado na região

É o segundo achado arqueológico em 4 meses nas obras de duplicação de rodovia; espécie habitou a região há 65 milhões de anos.

Um fêmur de dinossauro foi encontrado nas obras de duplicação da SP-333, a rodovia Rachid Rayes. A relíquia é o segundo achado arqueológico nas obras na rodovia em quatro meses e é considerado mais um importante testemunho das espécies que habitaram a região no período Cretáceo, há mais de 65 milhões de anos.
O fêmur foi encontrado na sexta-feira, dia 24, a cinco metros de profundidade, durante escavações de um talude às margens da pista, na altura do quilômetro 341. Conforme previsto no Programa de Monitoramento e Acompanhamento Paleontológico, foram acionados os técnicos de engenharia e de meio ambiente da Entrevias Concessionária de Rodovias, responsável pela obra e concessão do trecho rodoviário, e uma geóloga, que acompanharam o resgate do osso. A retirada do fóssil levou cerca da uma hora e as obras seguiram normalmente.
“Ficamos satisfeitos em contribuir mais uma vez, resgatando e preservando um material histórico. Nossas equipes se mostraram novamente preparadas para a observação e acionamento do corpo técnico sempre que identificada a presença de material fora dos padrões nas escavações ou na terraplanagem”, conta Fábio Milano, gerente de Engenharia da Entrevias.
A Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), que regula as concessões da malha viária no estado de São Paulo, se compromete com a preservação de todo o material histórico e artístico que possa ser encontrado nos 11,2 mil quilômetros de rodovias paulistas. Assim, estipula em todo contrato que a concessionária observe a legislação ambiental e de preservação de patrimônios artísticos e arqueológicos e obtenha todas as licenças prévias, seja qual for a interferência a ser feita no entorno.

Extração
A extração do fóssil intacto foi assumida por paleontólogos da empresa A Lasca e do Museu de Paleontologia de Marília. Como o fóssil se desprendeu do talude facilmente colado a um bloco de arenito, a paleontóloga Domingas Maria da Conceição usou apenas um martelo e uma talhadeira para diminuir o tamanho do bloco e recolher a peça.
Na segunda-feira, dia 27, o achado foi encaminhado para o Museu de Paleontologia de Marília, onde será limpo. Em uma análise preliminar, acredita-se tratar-se do fêmur de um dinossauro do período Cretáceo, conhecido como período final da “Era dos Dinossauros”, ocorrida há pelo menos 65 milhões de anos. A espécie de dinossauro ainda foi identificada.

Tiranossauro
Em maio deste ano, também na SP-333, o fêmur de um tiranossauro foi encontrado na divisa entre Marília e Júlio Mesquita nas obras de duplicação. O osso está no Museu de Paleontologia de Marília. Em 2009, no km 303 da SP-333, na mesma região, paleontólogos encontraram 70% do esqueleto de outro tiranossauro. Os fragmentos, mais de 50 peças, encontram-se na Universidade de Brasília (UnB).
A Entrevias executa um extenso cronograma de obras de duplicação e modernização da rodovia SP-333, entre Borborema e Florínea. A empresa avança para a reta final da duplicação de 19 quilômetros entre Marília e Júlio Mesquita e outros 64 quilômetros estão entre Marília, Echaporã e Assis. As obras fazem parte do Programa de Concessões de Rodovias do Estado de São Paulo.

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