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‘Pró Azul’ atua para melhorar qualidade de vida dos moradores de Cândido Mota

A ong Pró Azul informou três projetos que ganharam destaque; o Programa Espaço 3Rs, o Amigos da Natureza, e o Compostagem Terra Viva. Todos eles têm parceria com a iniciativa pública e privada.

A ong Pró Azul, entidade ambientalista com atuação em Cândido Mota, informou ontem que o relatório de iniciativas e resultados de projetos desenvolvidos em 2018, há três que ganharam destaque; o Programa Espaço 3Rs, o Amigos da Natureza, e o Compostagem Terra Viva. Todos eles têm parceria com a iniciativa pública e privada.
De acordo com a entidade, na sede da Pró Azul também foram desenvolvidas uma oficina aberta à população para aprender a fazer compostagem caseira e horta orgânica, várias visitas de alunos de escolas na horta medicinal ‘Farmácia Viva’, foram feitas cerca de seis palestras sobre assuntos ambientais junto a escolas e entidades de Cândido Mota e Assis, além de outras ações.
Os dirigentes da Pró Azul reafirmaram que o tripé de missão, visão e valores da ong é baseado na plena gestão de resíduos sólidos, com educação e consciência ambiental coletiva focada na saúde e equilíbrio do meio ambiente para a geração atual e as futuras. “Por conta disso, é que agradecemos a todos que caminharam com a gente; e desejamos um 2018 de muitos projetos”, disseram.

10 mil lâmpadas
O programa Espaço 3Rs é uma iniciativa junto à Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente do município. Através dele são coletadas essencialmente lâmpadas usadas dos mais variados tipos e por serem fabricadas utilizando metais pesados, como vapores de mercúrio, argônio, alumínio, entre outros, devem obrigatoriamente ter um destino ambientalmente correto. Neste segmento de atividade também existe a coleta e recebimento de eletroeletrônicos usados, mas que não sofreram nenhum tipo de intervenção para desmonte, como por exemplo televisores, computadores, impressoras, linha branca de eletrodomésticos, pilhas e baterias de lítio, entre outros.
Com relação às lâmpadas, de acordo com a ong, em 2018 foram enviados para um polo de recebimento em Assis, consorciado à prefeitura de Cândido Mota, cerca de 10 mil lâmpadas e cerca de dois mil quilos de eletroeletrônicos, pilhas e baterias de celular. Todo o trabalho de coleta, preparação e destinação destes resíduos são feitos pela Pró Azul com total participação de prefeitura de Cândido Mota.

20 toneladas de vidro
Já o programa Amigos da Natureza é desenvolvido desde maio de 2017, em parceria com a Casa Di Conti e sua equipe de gestão de qualidade. Ele consiste na coleta e destinação correta de embalagens inservíveis de vidros, que devido à sua difícil degradação no meio ambiente e também os riscos de ferimentos cortantes, são coletados ‘in loco’ em estabelecimentos comerciais cadastrados, residências e também no aterro controlado do município.
Desde a sua implantação já foram coletadas cerca de 20 toneladas de embalagens de vidro e totalmente destinadas a recicladoras que trabalham com estes resíduos. O vidro é um material que pode ser 100% reciclado, mas devido ao seu baixo valor no mercado de recicláveis, atrai muito pouco a atenção de recicladores. Em sua maior quantidade, acabam que sendo descartados em aterros e pontos ilegais da cidade.
“Entretanto, existe uma boa notícia, pois a partir de processos de conscientizações junto a comerciantes e cidadãos, e a participação efetiva da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente através do secretario Paulo Moreira Junior e equipe de trabalho, a progressão de coleta vem tendo um avanço e assim muitos dos matérias coletados estão alcançando seu destino correto”, explicaram os membros da Pró Azul.

300 toneladas de resíduos
Por fim, o projeto Compostagem Terra Viva se traduz na total utilização de materiais vegetais e orgânicos inertes onde busca-se a obtenção total de reaproveitamento e reciclagem. Desde maio, segundo os coordenadores, a Pró Azul recebeu cerca de 300 toneladas de resíduos, que são tratados como insumos e após muita pesquisa e desenvolvimento, tem se obtido com sucesso de utilização seis tipos de substratos e fertilizantes totalmente orgânicos.
“Estes produtos que geralmente são descartados em aterros e contribuem com o inflacionamento destes locais, tem demonstrado uma ótima opção de uso como produtos de geração de renda, inclusão social e o mais importante, a perspectiva real de produção de hortifrutis totalmente orgânicos e livres de agrotóxicos. Os resíduos utilizados são oriundos dos mais variados locais como ervas, cinzas, carvão e cascas de madeiras de empresas fabricantes de bebidas, cascas de mandioca de empresas que fabricam derivados da planta e também produtos com grande concentração de macros e micros, onde após períodos de ação natural ocorrem a formação de produtos finalizados para o uso seguro em hortas, jardins e outras culturas”, explicaram.
De acordo com a Pró Azul, parte das 300 toneladas de resíduos vegetais e orgânicos recebidos, mais de 60% já foram beneficiados e algumas ações de fomento a geração de renda junto à população carente já vem sendo elaboradas, utilizando os produtos.

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