Na manhã do último sábado, dia 25, um grupo de voluntários da ‘Pró Azul Ambiental’ de Cândido Mota, reuniu-se para participar de um arrastão de limpeza às margens da rodovia Francisco Gabriel da Mota, nas imediações da entrada da piscina pública municipal, já que havia sido identificado acúmulo e descarte irregular de muitos rejeitos, e que se estendia até as imediações da entrada da sede da ‘Pro Azul’.
“Muitas pessoas utilizam o local para fazer caminhadas devido a segurança que o local oferece, pois está disposto longe da pista de rolamento. Diante do desafio, o grupo se dispôs a contribuir para que a segurança, o conforto e o bem estar estivessem também presentes nas caminhadas diárias, e assim realizou a retirada de cerca de 400 quilos dos mais variados tipos de lixo, desde sacolas plásticas até pneus velhos, várias carcaças quase inteiras de televisores analógicos, uma carcaça de máquina de lavar, garrafas de vidro e plástico, e inúmeros rejeitos”, disse o ambientalista responsável pela ‘Pró Azul’, Haroldo Cesar Fernandes.
Todo o volume retirado foi acondicionado em sacos e ‘bags’, e será disposto no aterro sanitário do município. Como em outras ocasiões, o rejeito que tem condições de ser reciclado geralmente é doado a catadores de recicláveis, porém desta vez não foi possível, devido a má condição dos materiais recolhidos, e onde a depreciação impossibilitaria qualquer atividade de uso comercial, segundo Haroldo.
A ‘Pro Azul’, em sua linha de análise social de gestão de resíduos, fez uma pequena análise de tipologia, e constatou que 20% do que foi recolhido é de pessoas que não são de Cândido Mota, pois constava com a coleta muitos recibos fiscais de lojas, postos de combustíveis e lojas de conveniência com endereços de outros municípios.
Já em relação ao montante maior de resíduos, as características encontradas são tipicamente descarte de alguns moradores do município, como televisores, carcaças de linha branca (máquinas de lavar), resíduos de construção civil (entulho), entre outros de geração ‘in loco’, que são descartados erroneamente nestes locais.
“A Pró Azul faz um conclame a todos os cidadãos de bem, que continuem assim, zelando por um ambiente melhor e respeitando os locais públicos. De acordo com o número de habitantes no município e a quantia de ‘botas-fora’, como esse tipo de ação é conhecida na comunidade ambientalista, esse descarte errado de resíduos é resultados de uma minoria de pessoas, que deve ser denunciadas às autoridades competentes”, ressaltou Haroldo.
E prosseguiu: “O poder público municipal, com suas ações de limpeza e manutenção do município tem uma gama enorme de sistematização padronizada dos serviços sanitários, e grande parte da mão de obra dos servidores já são utilizadas nos serviços diários à população. Assim, é quase uma missão impossível fazer uma varredura nestes pontos de descartes erráticos e retirar os detritos encontrados”, disse.
“Cabe uma mentalidade social, com base em uma educação ambiental familiar, a solução para problemas como este. Não é justo que o cidadão de bem conviva com essas ações que invadam seu espaço de viver decentemente, em detrimento de atos não sociáveis. Cabe a cada um de nós fazer a diferença”, finalizou o ambientalista.
A ‘Pró Azul’ agradece a todos os voluntários que participaram ativamente do trabalho, Haroldo Cesar, Clarice Pereira, José Aparecido, Vinícius Estevan, Daniel Estevan, Vânia Cristina, Jéssica Caron e Cleonice Antunes. Agradece também ao vereador Lu Zanchetta, por ter contribuído com os lanches e refrigerantes para os voluntários.
