A pandemia provocada pelo coronavírus promoveu mudanças radicais na economia, no comportamento e nas relações humanas no mundo todo. No âmbito educacional, professores e alunos precisaram reinventar as relações pedagógicas.
Foi nesse cenário que o professor de Palmital, Marcos Antônio Paludetto escreveu o livro ‘A Escola e o Coronavírus: As vivências dos alunos e dos professores no ano de 2020’, buscando registrar as marcas deixadas pela pandemia nos docentes e nos estudantes quanto as suas relações sociais, suas carreiras profissionais e, principalmente, quanto aos cuidados dispensados à prevenção da saúde individual e coletiva.
Em todos os espaços públicos, bem como nas ruas e nos ambientes comerciais e profissionais, as máscaras tornaram-se um adereço indispensável, e o álcool em gel passou a ser um item obrigatório nas residências, nos estabelecimentos comerciais, nas repartições públicas, nos meios de transporte.
O ano letivo de 2020 foi atípico, pois a escola, na condição de espaço físico, deixou de ser o ponto de encontro das pessoas que convivem nesse ambiente: equipe gestora, professores, funcionários e alunos. Os professores deixaram de frequentar os espaços escolares específicos: a sala dos professores, a sala de reuniões pedagógicas, a sala de vídeo, as salas de aulas, a biblioteca, o refeitório.
Assim, a realidade imposta pela necessidade de isolamento, com o professor trabalhando remotamente, exigiu muitas adaptações e improvisos para que a escola não deixasse de exercer o seu papel formativo.
A escola, enquanto espaço físico, deixou de acolher alunos e profissionais para a realização do trabalho pedagógico, mas não deixou de funcionar. As rotinas escolares foram fragmentadas em núcleos de trabalho isolados fisicamente, mas conectados pelas fibras ópticas ou pelo pacote de dados de um celular.
A propósito, foram criadas inúmeras alternativas para que houvesse conexão entre gestão, coordenação, professores, alunos e famílias, objetivando dar continuidade aos planos de ensino estabelecidos e aos conteúdos programados.
A princípio, com os novos desafios impostos pelo isolamento e distanciamento social, os professores experimentaram sensações que transitaram da incredulidade de poder exercer o seu ofício de maneira remota até a certeza de passar por transformações de práticas pedagógicas inovadoras e criativas para cumprir seu papel de educador.
Essa revolução quebrou paradigmas e abriu a possibilidade de análise da história para compreender a relevância do trabalho pedagógico na formação das gerações futuras.
Foi em meio a esta revolução pedagógica imposta pela Covid-19, que o professor Marcos Paludetto registrou as experiências vividas no âmbito escolar. Seu livro, lançado este ano, busca registrar o contexto da maior pandemia do século XXI.