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Rita Lee morre aos 75 anos

Artista que desabrochou com a tropicália ficou célebre pelo desbunde, pela música psicodélica e pela relação com as drogas

Morreu nesta segunda-feira, dia 8, a cantora Rita Lee, maior estrela do rock brasileiro e nome que despontou durante o tropicalismo com a banda ‘Os Mutantes’, na década de 1960. Ela estava em sua casa, na capital paulista, com a família.
O velório será aberto ao público, no Planetário do parque Ibirapuera. A cerimônia está marcada para quarta-feira, dia 10, das 10h às 17h, informou a família por meio de uma publicação na página da cantora no Instagram.
Reclusa nos últimos anos, a cantora recebeu um diagnóstico de câncer de pulmão em 2021. Após tratamentos, em abril de 2022, a doença teria entrado em remissão. Antes, Rita Lee escreveu sobre sua morte, bem ao seu estilo: “Quando morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá. Fãs, esses sinceros, empunharão meus discos e entoarão ‘Ovelha Negra’, as TVs já devem ter na manga um Show de Rita Lee durante comemoração do aniversário de SP em 2013, no vale do Anhangabaú. Nas redes virtuais, alguns dirão: ‘Ué, pensei que a véia já tivesse morrido, kkk’.” O trecho faz parte de sua autobiografia, na qual relata no mesmo tom, sempre direto e reto, tanto passagens divertidas, a exemplo das travessuras na infância e na adolescência, quanto trágicas, como o abuso de álcool e drogas e o estupro que sofreu aos seis anos por um técnico que foi a sua casa consertar uma máquina.
Sem autopiedade, ela se refere a si própria com bom humor e sarcasmo, assim como aos outros – um forte traço da construção de sua imagem como a maior roqueira do Brasil.

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