O mundo é carente de boas referências, este casal que vou ‘tecer’ algumas palavras sobre eles, são admirados por muitos, como casal, porque se destacaram e se destacam nos quatros aspectos que eu sempre enfatizo em minhas crônicas: a cidadania, a família, o trabalho e a religiosidade.
O casal é referência na nossa Igreja e na comunidade como um todo, na Família E.C.C. (Encontro de Casais com Cristo), são ovacionados quando se apresentam, falando que fizeram o primeiro encontro, já tivemos mais de cinquenta encontros e quando nós fizemos o E.C.C., eles foram os coordenadores gerais do nosso Encontro.
Os dois são os fiéis que mais tiveram uma significativa participação nas Pastorais e nas entidades de nossa cidade, dificilmente perdem alguma Missa, inclusive os dois são Ministros Extraordinários da Comunhão.
Tivemos o privilégio de trabalhar com eles em vários E.C.C, também, trabalhei com ele à frente do Conselho Administrativo Paroquial, auxiliando o Frei Saulzão e o Frei Ismael e na Associação Nossa Senhora das Dores, que é mantenedora da nossa Rádio Mensagem, aliás ele dedicou-se sempre com afinco, para manter a Rádio Mensagem no ar, sempre correndo atrás das assinaturas…
A frente do Conselho Administrativo, fomos também coorganizadores, no início, da famosa Festa do Milho, junto com o Frei Ismael, o Tonzé, o Paulinho Rocha, o Amarildo Ribeiro, o Didi Kotait.
A frente da Associação Nossa Senhora das Dores, começamos a construir o prédio do novo Salão Paroquial, onde foi doada para nós, umas estruturas metálicas da cobertura dos Barracões da C.E.S.P.
Estou falando dos amigos e irmãos em Cristo, Aparecido Orlando Maia, conhecido como Cido Maia e da Maria Júlia Dantas Maia, a dona Julinha Maia, aliás ela foi a professorinha da primeira série da minha irmã, a professorinha Helena em 1974.

Há 59 anos receberam o Sacramento do Matrimônio e seguiram a risco o preceito de Jesus Cristo “sereis uma só carne”. Dificilmente a gente vê os dois separados, até nas caminhadas matinais os dois estavam juntos, hoje não caminham mais, ‘por forças alheias a suas vontades’. No mercado, enfim, sempre juntos!
Desta bela união tiveram dois filhos, o Antônio Celso (Celsinho) e José Orlando (Tita) e duas filhas, a Maria Isabel e a Renata, que lhes deram 6 netos: Luís Fernando, Giovana, Maria Carolina, Maria Júlia, Nicole e Guilherme.
Além de todos os trabalhos voluntários que exerceram: Festa do Milho, Festa Social e da Rádio Mensagem, Conselho Administrativo Paroquial, Festa de São Sebastião, Ministros…

Cido Maia também deixou sua marca como prefeito, na Administração Pública, assumiu a prefeitura no dia primeiro de fevereiro de 1973, tendo como vice o ilustre cidadão Antônio Pípolo, ambos da antiga ‘Arena’, na época concorreu com mais 3 candidatos do ‘MDB’ e há quem diga que ainda teve mais de 2.000 votos de diferença, somando os 3 concorrentes. Provavelmente foi o distrito de Frutal do Campo que ajudou a eleição, já que a Família Maia era de lá e era bastante querida pela população, quando a família vinha para a cidade enchiam os veículos de pessoas que esperavam a famosa ‘carona’.
Como Prefeito, Cido Maia se destacou na época por adotar medida de contenção de despesa e conseguiu um equilíbrio financeiro, eu consegui alguns dados referentes a somente 8 meses de seu governo: recapeou a Benedito Pires, planificação da Rodovia do Trigo, construção de 5 salas de aulas na zona rural, inauguração do Centro Vocacional, reparação de 200 quilômetros de estradas, remodelação da piscina pública… em 8 meses teve uma ótima avaliação e com certeza até 1976, no término de seu mandato, deve ter feito muito mais por nossa amada cidade.
Temos uma alegria enorme e temos uma grande afeição por este casal, que nos transmite fé, serenidade, ternura um pelo outro e para os demais, são pessoas de fino trato, fala mansa, sempre dispostos a trabalhar pela Igreja e pela comunidade, estão sempre dispostos a acolher os amigos e acima de tudo a virtude do Amor, desabrocha sempre em seus corações.
Recentemente fui fazer uma visita para os diletos amigos e fiquei conhecendo a neta deles, a Carol Maia, menina que irradia a simpatia da Avó e pelo jeito a responsabilidade do Avô, estava correndo atrás de uns documentos para o Avô e a Carol sentiu em seu coração a vontade de ficar aqui na casa dos Avós, haja vista que seus Pais moram distante, para ajudá-los no cotidiano e a curtir os Avós.
Na visita levei goiabas para os amigos, porque é um costume dos nossos Avós, sempre quando visitavam alguém, era comum levar algum agrado e também a minha esposa Princesa Déa, foi a primeira a comer uma goiaba, do pé, que fica nos fundos da casa deles e desta visita calorosa, saí de lá com um docinho de goiaba, feita pelas mãos delicadas da amiga Julinha, a felicidade custa pouco!
Louvado seja o nosso Amigo e Senhor Jesus Cristo! Paz e Bem!

Romildo Pereira de Carvalho