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Telas na infância: o que é recomendado?

Artigo da psicóloga infantil e adolescente, pós graduanda em psicopedagogia e em intervenção ABA, Larissa Mussulini Begosso.

O uso de telas na infância tem acontecido cada vez mais precocemente, com a intenção de que a “criança fique quietinha”. Mas até aonde esse comportamento pode ser prejudicial ou saudável para a criança?
Os benefícios e facilidades proporcionados pela tecnologia são incontestáveis. Porém, é essencial lembrarmos que, o uso exagerado e prematuro dessas ferramentas pode ser responsável por danos no desenvolvimento infantil, levando a problemas emocionais, físicos e mentais.
Portanto, é muito importante que a família monitore ativamente e limite a utilização de telas pelas crianças.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), com o intuito de promover o bem-estar e a saúde de crianças e adolescentes, criou o Manual de Orientações sobre o uso de telas. Entre as principais recomendações, estão:
· Evitar a exposição de crianças menores de dois anos às telas, mesmo que passivamente;
· Crianças com idades entre dois e cinco anos, limitar o tempo de telas ao máximo de uma hora por dia, sempre com supervisão de responsáveis;
· Crianças com idades entre seis e dez anos, limitar o tempo de telas ao máximo de uma ou duas horas por dia, sempre com supervisão de responsáveis;
· Adolescentes com idades entre onze e dezoito anos, limitar o tempo de telas e jogos de videogames a duas ou três horas por dia, e evitar o famoso “virar a noite” jogando;
· Não permitir que as crianças e adolescentes fiquem isolados nos quartos com televisão, computador, tablet, celular, smartphones ou com uso de webcam; estimular o uso nos lugares comuns da casa.
· Para todas as idades: nada de telas durante as refeições e desconectar uma a duas horas antes de dormir.
As experiências adquiridas por crianças e adolescentes por meio das telas – como a aprendizagem da agressividade e intolerância manifesta nos jogos e redes –, se não forem melhor reguladas, terão impacto no comportamento e estilo de vida até a fase adulta. Portanto é importante oferecer como alternativas: atividades esportivas, exercícios ao ar livre ou em contato direto com a natureza, sempre com supervisão responsável.

Larissa Mussulini Begosso é psicóloga infantil e adolescente, pós graduanda em psicopedagogia e em intervenção ABA.

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