O município de Cândido Mota recebeu nesta sexta-feira, dia 17, a caravana dos 20 anos da TV Tem, que apresentou ao vivo, direto da praça Monsenhor David, da igreja matriz Nossa Senhora das Dores, o telejornal TEM Notícias 1ª edição (TN1), com a presença de toda equipe e dos jornalistas e apresentadores Daniel Schafer e Yonny Furukawa e o repórter Igor Rosa.
Além das reportagens do jornalismo regional, durante a transmissão a emissora destacou Cândido Mota, conhecida por ter mais bicicletas que habitantes e pelo forte potencial agrícola.
Dentro da programação, a prefeitura também preparou diversas ações. Houve um ‘drive-thru ecológico’, com recolhimento de eletroeletrônicos, lâmpadas, pilhas e baterias, e a troca de óleo de cozinha usado por óleo novo, além da doação de mudas de árvores.
As pessoas que passaram pelo local puderam aferir a pressão arterial, vacinar-se contra a Covid-19 e participar de atividades com um educador físico. Houve ainda a participação dos idosos do grupo ‘Vai Idoso’, além de apresentação de vários projetos de Cândido Mota, distribuição de pipoca e algodão doce. A orquestra de viola do Projeto Guri também se apresentou.
“É uma honra fazer parte da caravana de 20 anos dessa emissora tão importante para o centro-oeste paulista. Cândido Mota, sem dúvida, faz parte dessa história, e é muito gratificante saber que a TV Tem proporciona essa proximidade com o município”, disse o prefeito Eraldo Pereira, que continuou: “Aproveito para parabenizar a TV Tem pelos seus 20 anos”, concluiu.
Caravana
A celebração do aniversário da emissora já passou por outras 10 cidades do centro-oeste paulista: Jaú, Lins, Santa Cruz do Rio Pardo, Tupã, Bastos, São Manuel, Pardinho, Assis, Pederneiras e Paraguaçu Paulista.
A Caravana TV Tem se estende até 6 de maio, aniversário da emissora. A cada sexta-feira, a celebração percorre uma cidade diferente da área de cobertura.
Conheça a cidade
Cândido Mota é conhecida por ter um trânsito diferenciado. Isso porque, na cidade há mais bicicletas do que pessoas. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de ‘magrelas’ ultrapassa os mais de 30 mil habitantes do município.
Mas a cidade também é forte pela agricultura. O solo cândido-motense, por ser avermelhado, pesado e rico em nutrientes, é muito fértil. Não é a toa que o município é o sétimo do Estado em produção de soja, segundo dados do IBGE.
A fartura das terras se espalhou cedo, ainda no início do século XX. Tudo começou nas linhas férreas, com a chegada de imigrantes que, para trabalhar na agricultura, trouxeram progresso à cidade.
Fatos marcantes
As ruas planas da cidade influenciaram os moradores a escolherem uma alternativa mais econômica e sustentável que os carros. É impossível falar de Cândido Mota sem citar a mais marcante característica do município: as bicicletas.
Na cidade, as ‘magrelas’ são de todos os jeitos: antigas, novas, com duas, três e até 100 rodas. O amor pelas ‘bikes’ e pelo futebol fez um empresário local criar uma bicicleta gigante, capaz de carregar 50 pessoas.
Trata-se da famosa Jabiraca Furacão, que aparece de quatro em quatro anos, nas Copas do Mundo, e leva o nome de Cândido Mota país afora. Criada em 1998, o veículo que, na verdade, é uma ‘policicleta’, sai às ruas da cidade em época de Copa e reúne torcedores de todas as idades no apoio pela seleção brasileira.
Dentro do esporte, a cidade também é conhecida. Em 2021, com apenas 11 anos de idade, o jovem Kauã virou notícia depois de vencer o primeiro ‘Embaixafut’, competição de embaixadinhas que reuniu, além do cândido-motense, outras 32 pessoas de diversos estados do Brasil.
Na época, Kauã conquistou o título depois de ficar quase cinco horas com a bola no pé e fazer mais de 30 mil embaixadinhas.
Quando se fala em educação, a cidade também tem fatos curiosos. Um deles é a história de Denise Finotti, uma avó que, para incentivar e ajudar o neto Enzo com as aulas pela internet, durante a pandemia, resolveu voltar a estudar, 50 anos depois de sair da escola.
Outra história inspiradora é a de Adauto Dias, morador que ajuda uma comunidade inteira em Cândido Mota a levar sustento para casa. É num espaço na Vila Alpina, que as famílias colocam a mão na terra e plantam verduras para o sustento e comércio na região.
No local, são 40 canteiros, e cada um tem um dono. Por lá, tem de tudo um pouco. Mas a terra não leva só alimentos às pessoas, também leva dignidade.