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Vítima fatal de acidente em Palmital foi piloto de avião que colidiu em Congonhas em 2007

Marco Aurélio Incerti de Lima morreu no início da tarde desta terça-feira, dia 14, após colidir a caminhonete que conduzia com a traseira de um caminhão bitrem.

O condutor da caminhonete, de 62 anos, que faleceu na tarde de terça-feira, dia 14, em um acidente na rodovia ‘Raposo Tavares’ (SP 270), no município de Palmital/SP, foi o penúltimo piloto da aeronave Airbus-A320 que se envolveu em um acidente em 2007, resultando em 199 mortes.
Segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, na época, ‘o piloto Marco Aurélio Incerti de Lima admitiu, em depoimento no 27º DP de Campo Belo, ter executado um procedimento não-recomendado para pousar o Airbus-A320 da TAM no aeroporto de Congonhas no dia 17 de julho de 2007, horas antes de a mesma aeronave se chocar contra um prédio.
Incerti de Lima comandou a aeronave no trecho entre Congonhas e Confins-MG (vôo 3214), e na volta a São Paulo (vôo 3219). Ele foi o último a pilotar o Airbus antes de Kleyber Lima e Henrique Stephanini di Sacco assumirem a aeronave. Os dois morreram no acidente.
Segundo o depoimento de Incerti de Lima, em razão de a pista de Congonhas ser restrita e estar molhada e escorregadia, ele considerou mais seguro deixar o manete da turbina direita – aquela que tinha o reversor inoperante – no ponto morto (‘idle’) após pousar. A norma da Airbus, em vigor há cerca de um ano, é para acionar os dois reversores após tocar o solo, inclusive o que está inoperante.
“Nas condições em que a pista se encontrava [o procedimento] apresentava mais segurança para o pouso”, disse ele. O piloto ressaltou que não teve problemas com a manobra. Incerti de Lima era piloto da empresa aérea TAM desde 1995.
No pouso que resultou na tragédia, a caixa-preta de dados do Airbus-A320 registra que o manete da turbina direita não se movimentou nem sequer um grau para o ponto morto, permanecendo em alta aceleração.
Isso levou o computador a desativar o acionamento automático dos freios aerodinâmicos das asas, impediu a frenagem, manteve a aceleração e fez o avião ultrapassar a pista.
De acordo com o promotor Mário Luiz Sarrubbo, que acompanha o caso, nos depoimentos há a informação de que, com o procedimento não-recomendado adotado por Incerti de Lima, a expectativa era que o avião ‘ganharia’ cerca de 50 metros de pista.
Depois que soube da falha, a TAM chamou o piloto e solicitou que ele seguisse o manual.
Para o promotor, fica a dúvida se a tripulação seguinte também considerou que seria mais seguro pousar desobedecendo o manual. “Parece que eles (pilotos) não sabem bem o que fazer nesses casos”, afirmou.
Ao passar o comando da aeronave para Kleyber Lima e Henrique Stephanini di Sacco, o piloto Incerti de Lima e o co-piloto Daniel Alves da Silva informaram que havia alguns problemas no avião.
Além do reverso pinado (travado), segundo o promotor, houve um superaquecimento de uma das turbinas. Os problemas, exceto o reverso pinado, teriam sido consertados”, informou o jornal Folha de S. Paulo, à época.

Acidente na região
O piloto Marco Aurélio Incerti de Lima morreu no início da tarde desta terça-feira, dia 14, após colidir a caminhonete que conduzia, com placas de Valinhos/SP, com a traseira de um caminhão bitrem, placas de Várzea Grande/MT. Os dois veículos seguiam na pista com direção à capital.
O acidente ocorreu por volta das 12h30, no km 424 da rodovia ‘Raposo Tavares’, próximo ao município de Palmital.
Segundo informações, Marco Aurélio retornava de uma fazenda, no Mato Grosso, para Valinhos, onde residia.
A ocorrência foi registrada pela Polícia Civil, que requisitou a perícia no local para tentar descobrir as causas do acidente.

(Com informações do Jornal da Segunda)

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