O Instituto de Criminalística do Paraná concluiu que o incêndio que destruiu a ponte pênsil centenária localizada sobre o Rio Paranapanema, entre os municípios de Ribeirão Claro, no norte do Paraná e Chavantes, em São Paulo, foi criminoso.
O incêndio foi registrado há um mês do lado paranaense. A ponte pênsil Alves de Lima completou 100 anos no dia 4 de dezembro. Foi inaugurada em 1920, tem 149 metros de extensão e possui um vão suspenso de 82 metros. A estrutura só era usada por pedestres e é tombada pelo patrimônio histórico.
Conforme a análise dos restos de madeira queimadas e dos vestígios do local, a perícia descartou a possibilidade do incêndio ter sido provocado de forma acidental. Se analisou, por exemplo, as hipóteses de queda de um raio e até se um incêndio em alguma mata próxima poderia ter sido a causa. Ambas as possibilidades foram descartadas.
Para os peritos, o incêndio foi provocado por uma ação humana intencional, por algum material combustível despejado nas madeiras.
O Instituto de Criminalística afirmou que a pessoa que ateou fogo ainda esperou o fogo se alastrar pela estrutura para só depois fugir.
A Polícia Civil ainda não conseguiu identificar o ou os responsáveis pelo incêndio e, por isso, pede ajuda da população. Denúncias podem ser feitas pelo 181.
O Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo (DER-SP) informou, por meio de nota, que elaborou um projeto que aponta quais as intervenções necessárias para reparos na Ponte Pênsil da SP 276 até a divisa com o Paraná. O projeto será submetido à aprovação do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, já que a estrutura é um patrimônio tombado.
O DER do Paraná disse que a ponte não pertence mais ao sistema rodoviário. Por este motivo, somente os departamentos culturais podem informar sobre os reparos da estrutura.
(Por RPC Londrina e G1 PR)
(Fotos: Cláudio Farneres/TV TEM)