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‘Trovão Azul’ é recebido com ‘motociata’ em Cândido Mota após passar por 5 países

Cândido-motense Moraci Theodoro Ramos, de 67 anos, concluiu aventura de percorrer 7,2 mil quilômetros pela América do Sul com uma motocicleta Yamaha Clypton 115 cilindradas.

O motociclista cândido-motense Moraci Theodoro Ramos, de 67 anos, concluiu no último sábado, dia 21, a aventura de percorrer 7,2 mil quilômetros, passando por cinco países da América do Sul com uma motocicleta Yamaha Clypton 115 cilindradas. No retorno a Cândido Mota, depois de 53 dias de viagem, foi recebido com festa pelos familiares, amigos e pelo prefeito Eraldo José Pereira, o ‘Eraldo Enfermeiro’. Teve uma ‘motociata’ da entrada da cidade até a praça João XXIII, em frente à ‘Estação das Artes’, onde ocorreu o 7º Encontro de Motociclistas e Triciclistas de Cândido Mota. Lá, ‘Trovão Azul’, como é conhecido, foi cumprimentado por todos, que enalteceram sua façanha.


Moraci saiu de Cândido Mota no dia 28 de agosto, seguiu para a Bolívia e pretendia chegar até o Peru, passando pelo Chile, mas foi impedido pelo Departamento de Imigração Chilena, de entrar no país. Com a mudança forçada de rota, o motociclista retornou pela Bolívia, onde acabou sofrendo um acidente. Segundo ele, devido à altitude do país teve um mal-estar e sofreu uma queda, sem ferimentos, apenas avarias na carenagem da moto. Após o susto, seguiu para a Argentina e passou pelo Paraguai, antes de voltar ao Brasil, pelo município de Mundo Novo/MS.
Na viagem pela América do Sul, o cândido-motense fez muitos amigos e ficou conhecido por ‘Dom Teodoro’. Ele destacou o apoio e acolhimento em todos os lugares onde passou. “Estou muito feliz por voltar para a minha cidade, que amo de coração, mas posso dizer que o acolhimento das pessoas me marcou muito. Para mim, a maior riqueza de nosso país é o povo. Saí de Cândido Mota com R$ 1,3 mil no bolso, sabendo que teria um gasto aproximado de R$ 6 mil. Mas a cada lugar que passava, tinha a certeza de que completaria minha viagem”, contou Moraci em entrevista ao jornal e portal O Diário do Vale.
Inicialmente, ele se programou para dormir na barraca e preparar a própria alimentação para reduzir os gastos. “Embora não dominasse o espanhol, fui tentando me comunicar com as pessoas do jeito que conseguia, contando minha história e falando sobre a viagem. A cada cidade que passava, fui criando uma rede de amigos, que me indicavam para outros amigos das próximas localidades. Com isso, dormi muito pouco na barraca, já que deixavam meu pouso preparado quando eu chegava”, disse.
Com pouco dinheiro, o motociclista, que também é artista plástico, realizou alguns serviços durante a estadia na Argentina. No município de Sáenz Peña, na província de Chaco, ele realizou serviço de pintura em um ônibus do La Barber Viajera, o ‘O Barbeiro Viajante’. O proprietário do veículo, que em breve deve iniciar sua viagem pelo mundo, garantiu a Moraci que fará uma visita ao Brasil, mas precisamente à casa do motociclista.
O cândido-motense também concedeu entrevistas a rádios e equipes de televisão dos países vizinhos e participou de encontros de motociclistas e conheceu diversos moto clubes espalhados pela América do Sul e cidades do Brasil.

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Moraci Ramos foi o primeiro motociclista de Cândido Mota a se tornar membro da Hermandad Motera Internacional, grupo que oferece apoio a motociclistas viajantes de todas as Américas. “Além da colaboração dos amigos cândido-motenses, tive apoio de famílias e motociclistas de todos os lugares. Gratidão a todos. Não encontrei em sociedade alguma, irmandade igual a do motociclista”, disse o cândido-motense.
Sobre novas aventuras, Moraci disse que esta foi só o começo. “Tenho mais passado que futuro, assim, tenho que aproveitar o presente”, completou.
O cândido-motense disse que pretende lançar um curta-metragem e um livro com todas as histórias vividas por onde passou. “Vi as paisagens mais lindas e conheci pessoas que levarei para o resto da minha vida. Quero deixar registrado tudo que vivi”, concluiu.

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