A Polícia Federal (PF) cumpriu, na manhã de segunda-feira, dia 8, em vários estados, mandados contra suspeitos de financiar e fomentar os atos contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023 – há exatamente um ano.
Na 23ª etapa da Operação Lesa Pátria, o único mandado de busca cumprido no Estado de São Paulo foi em Assis. Os policiais entregaram uma intimação para a pessoa investigada.
O suspeito de participar dos atos golpistas, que não teve a identidade revelada, vai prestar depoimento à polícia.
A PF trabalha para buscar a confirmação se essa pessoa esteve no local na data, em quais circunstâncias e se participou da série de crimes. A perícia identificou digitais dela nos locais vandalizados.
Operação Lesa Pátria
Ao todo, foram cumpridas 47 ordens judiciais: 46 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva. Além de São Paulo, os mandados são cumpridos no Distrito Federal, Bahia, Rio Grande do Sul, Maranhão, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Tocantins e Santa Catarina.
A operação é autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre de Moraes também determinou ainda bloqueio e indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. Segundo as investigações, os prejuízos ao patrimônio público beiram os R$ 40 milhões.
Segundo a PF, as ações desta segunda compõem a 23ª fase da operação Lesa Pátria, deflagrada no dia seguinte aos atos para investigar participantes, financiadores e mentores do episódio.
As investigações subsidiaram, por exemplo, o relatório de uma CPI no Congresso e as mais de 6,2 mil decisões tomadas pelo ministro Alexandre de Moraes nos processos relativos aos atos.
De acordo com um balanço do STF, 146 réus serão julgados até abril de 2024 em 10 sessões virtuais. Além desses réus, o STF retomará o julgamento, a partir de fevereiro, de outras 29 ações penais.
Desde setembro, quando começou a julgar os casos, a Corte já condenou 30 pessoas acusadas de participação nos atos. A operação Lesa Pátria é tratada pela PF como permanente, e os suspeitos de participação e financiamento são investigados por seis crimes:
- abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado;
- dano qualificado;
- associação criminosa;
- incitação ao crime;
- destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
(Com informações do G1)
(Foto: Divulgação/Ministério da Justiça e Segurança Pública)