A Diocese de Assis completa nesta quinta-feira, dia 30, 95 anos de criação. Para comemorar, o bispo dom Argemiro de Azevedo, juntamente com padres e fiéis das paróquias da diocese, participaram de uma celebração na Basílica de Aparecida, que contou ainda com a presença do pároco de Cândido Mota, frei Décio Pacheco de Bezerra e frei capuchinhos Emerson Rodrigues.
“Hoje damos início a uma série de atividades religiosas que nos ajudarão numa preparação mais intensa, para celebrarmos com a devida importância, o Centenário da Diocese de Assis em 30 de novembro de 2028. Gostaria de abordar nestas linhas a importante raiz que sustentou ao longo destes anos a evangelização nestas terras: a sucessão Apostólica e a Tradição recebida dos Apóstolos, isto é, a presença dos Bispos e a organização da Igreja local”, disse o bispo diocesano, que continuou: “Por obra de Deus, a sua Igreja se espalhou por todo o mundo e chegou até aqui, e há 95 anos, sob a autoridade do chefe dos apóstolos, o Sumo Pontífice Pio XI, ficou definido que nesta porção do povo de Deus, dentro dos limites geográficos estabelecidos na Bula Sollicitudo Universalis Ecclesiae, está integralmente a única e verdadeira Igreja de Jesus Cristo, que na Comunhão com os Santos Padres e demais sucessores dos apóstolos, se reza e crê nas verdades de fé reveladas por Jesus, confiadas aos apóstolos e transmitidas ao longo da história da Igreja. Tamanha foi a fecundidade da Palavra aqui anunciada, que mais tarde surgiu a partir da Diocese de Assis, a Diocese de Presidente Prudente (1960), e parte da Diocese de Ourinhos (1998), que recebeu nove paróquias de Assis”, ressaltou.
Bispos
O primeiro Bispo, Dom Antônio José dos Santos (23/11/1872 – †02/02/1956), da Congregação da Missão. Mineiro de Cachoeira do Campo, serviu como Bispo Auxiliar em Diamantina e posteriormente designado pelo Papa Pio XI para a recém criada Diocese de Assis, tomando posse aos 19 de Março de 1930, permanecendo no governo diocesano até sua morte aos 82 anos. O segundo Bispo, Dom José Lázaro Neves (28/04/1902 – †01/05/1991), da Congregação da Missão. Mineiro de Campo Belo, foi designado pelo Papa Pio XII para auxiliar dom Antonio dos Santos e mais tarde tornou-se o segundo bispo da Diocese (1956 – 1977). Permanecendo até seus 75 anos, quando por dever, renunciou ao ofício.
O terceiro Bispo, Dom Antônio de Sousa (21/10/1929), da Congregação dos Sagrados Estigmas. Paulista, nasceu em Bom Jesus dos Perdões, foi designado pelo Papa Paulo VI para suceder Dom Lázaro e tornou-se o terceiro bispo da Diocese (1977 – 2004). Permanecendo até seus 75 anos, quando por dever, renunciou ao ofício. O quarto Bispo, Dom Maurício Grotto de Camargo (26/09/1957), do clero da Diocese de Presidente Prudente. Prudentino, foi designado pelo Papa João Paulo II para suceder Dom Antonio de Sousa e tornou-se o quarto bispo da Diocese (2004 – 2008). Dom Maurício foi transferido de Assis para a Sede Metropolitana de Botucatu, tornando-se Arcebispo.
O quinto Bispo, Dom José Benedito Simão (01/01/1951 – †27/11/2015), do clero da Arquidiocese de São Paulo. Paulista, nasceu em Caçapava, serviu como Bispo Auxiliar na arquidiocese de São Paulo e posteriormente designado pelo Papa Bento XVI para assumir a Diocese de Assis, tomando posse aos 23 de agosto de 2009, tornando-se o quinto bispo (2009 – 2015), quando do seu faleceu aos 64 anos em decorrência de um AVC. O sexto Bispo, Dom Argemiro de Azevedo (03/12/1952), da Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria – Claretianos. Paulista, nasceu em Fernandópolis, foi designado pelo Papa Francisco para assumir a Diocese de Assis, tomando posse aos 19 de março de 2017, tornando-se o sexto bispo em 2017, até o momento.
A Diocese ainda contou com a presença e missão de Dom Eugênio Adrian Lambert Rixen, que atuou como bispo auxiliar de Dom Antônio de Sousa, no período entre 1996 e 1998. Posteriormente foi transferido para a Diocese de Goiás, no Estado de Goiás.
Neste tempo, a Diocese teve a alegria de dar à Igreja dois presbíteros para serem ordenados bispos: Dom Sérgio Krzywy para ser Bispo Diocesano de Araçatuba (2004) e Dom Otacílio Luziano da Silva para ser Bispo Diocesano de Catanduva (2009).
Padres Ordenados
Foram ordenados 73 sacerdotes para a Diocese de Assis, a fim de servirem ao povo naquilo que se refere às coisas de Deus. Em ordem cronológica a partir da data de sua ordenação presbiteral: Pe. Orlando Luis Gazola – 27/07/1933; Pe. Marcílio Genoni – 19/03/1937; Pe. Adolfo Emerich – 06/01/1944; Mons. Floriano de Oliveira Garcês – 07/12/1952; Pe. Pio Matuzalen da Costa – 29/06/1962; Pe. José Bráz Zandonadi – 06/12/1970; Pe. José Carlos D’Angelo – 21/11/1971; Pe. José Aparecido de Oliveira – 05/12/1971; – Pe. Adalton Carlos Pereira de Castro – 07/01/1973; Pe. Afonso Maurílio Marques – 21/12/1974; Pe. Osvaldir da Silva – 29/06/1975; Pe. Aparecido Torrente – 02/07/1977; – Pe. Paulo César Fazano Guazeli – 29/06/1980; – Pe. Darci Aparecido Cardoso – 08/12/1982; Pe. Antônio José da Silva – 27/08/1983; Pe. Antônio Bastos – 08/12/1983; Pe. Sérgio Krzywy – 18/12/1983; Pe. Sebastião Pereira – 21/01/1984; – Pe. Antônio Carlos Golfetti 19/03/1984; Pe. Dimas Francisco Colombo – 23/06/1984; Pe. Paulo Leandro – 01/05/1985; Pe. Pedrinho Cataneli Júnior – 07/02/1986; Pe. Maurílio Alves Rodrigues – 14/02/1986; Pe. Aldivino Evangelista da Silva – 21/02/1986; Pe. Roberto Carlos dos Santos – 28/02/1986; Pe. Raimundo Correa da Costa – 26/07/1987; Pe. Otacílio Luziano da Silva – 06/12/1987; Pe. Clóvis Alves da Silva – 31/07/1988; Pe. Valdemar Aparecido dos Reis – 27/08/1989; Pe. Emídio Lopes – 12/10/1990; Pe. Vicente Paula Gomes – 25/04/1992; Pe. Odair de Oliveira – 09/05/1992; Pe. Ângelo Messias da Costa – 16/04/1993; Pe. Oldeir José Galdino – 10/09/1993; Pe. José Antônio Evangelista – 08/04/1994; Pe. Alberto Rodrigues dos Santos – 21/04/1995; Pe. David Antônio da Silva – 12/04/1996; Pe. David José Martins – 12/04/1996; Pe. Silvio Eduardo Cardozo – 31/05/1996; Pe. Mauro Antônio Pantoja Bentes – 06/12/1996; Pe. Claudemir Pereira – 25/04/1997; Pe. Edivaldo Pereira dos Santos – 16/08/1997; Pe. José David Espessotti – 20/02/1998; Pe. Sérgio Henrique da Silva – 24/07/1999; Pe. Orlando de Almeida Alves – 03/12/2000; Pe. Antônio Julio Borecki – 25/10/2003; Pe. Edi Wilson Ruiz dos Santos- 02/07/2004; Pe. Arnaldo José Gomes Teixeira 18/07/2004; Pe. José Donizetti de Oliveira 29/06/2006; Pe. Luiz Fernando Dias 12/08/2006; Pe. André Antônio Ferreira 02/02/2007; Pe. Eduardo Andrade de Moraes 23/03/2007; Pe. Heliton Luís Ferreira 03/08/2007; Pe. Otávio Marques Peres – 14/12/2007; Pe. Jonas Adauto da Silva – 28/03/2008; Pe. José Joaquim Damásio Neto – 12/04/2008; Pe. Marcelo Martins Barreto – 17/05/2008; Pe. José Martins Cardoso – 17/07/2009; Pe. Marcos Antônio Damasceno – 19/08/2011; Pe. Carlos Augusto Martins Junior – 06/09/2011; Pe. Leandro César Martins – 03/08/2012; Pe. Airton Costa – 07/12/2013; Pe. Manoel Pacheco de Freitas Neto – 07/12/2013; Pe. Anatoli Konstantin Gradiski – 22/05/2015; Pe. Thiago Antônio de Souza – 10/11/2017; Pe. Anderson Santana Cunha – 24/11/2017; Pe. Alan da Cruz Joaquim – 22/06/2018; Pe. Luciano Vilalba Moura – 02/08/2020; Pe. Jonathas Alfredo Zakir Pereira – 21/08/2020; Pe. Rodrigo José Nascimento – 24/10/2020; Pe. Gustavo César Pombal da Silva Granado – 18/06/2021; Pe. Guilherme Caetano da Silva – 18/06/2021; Pe. Renan Aparecido de Souza – 18/06/2021.
“Reconheço que no decorrer do exercício do ministério presbiteral, esses irmãos passaram e ainda muitas vezes se deparam com dificuldades, contudo encontraram no Senhor forças para continuar servindo a Deus, alguns até de outro modo fora do exercício do ministério ordenado. De igual modo, viveram anonimamente tantos sacerdotes que vindo de outras dioceses, países e Institutos Religiosos, administraram os sacramentos e pregaram a Palavra de Deus fortalecendo na fé este nosso povo. A todos esses servos, nossa gratidão pela vida doada à Igreja de Jesus, e àqueles que partiram, nossa prece a Deus para que os recompense”, disse dom Argemiro.
“Assim quero também trazer presente, todas as comunidades de nossa Diocese reunidas nas mais diversas paróquias. Se torna inesquecível na vida destas comunidades a presença acolhedora e fraterna dos religiosos e religiosas que, movidos pelo carisma de seus fundadores, vieram viver a fraternidade cristã em nossa Diocese e deram um testemunho enriquecedor para nosso povo. É de se destacar que os mais variados Institutos de Vida Consagrada (IVC), Sociedade de Vida Apostólica (SVA) e Ordens Religiosas avançaram para além das atividades espirituais e pastorais, se engajando na sociedade civil através do serviço caritativo e social cuidando de Creches, Asilos, Hospitais, Orfanatos, primando pela dignidade dos mais necessitados, e foram ainda hábeis ao ensinar música, pintura, teatro e em dar formação profissional para tantos jovens e adolescentes. Por fim, quero recordar os tantos fiéis cristãos leigos que atendendo ao chamado de Nosso Senhor se colocaram, desde o início desta querida Diocese, como agentes das mais variadas pastorais, movimentos e associações e valorizamos aqueles que ainda hoje se disponibilizam como verdadeiros trabalhadores na messe do Senhor. Todos os fiéis cristãos leigos desde o Batismo, como membros da Igreja e participantes da missão de Cristo, não pertencendo a si mesmo, dão testemunho Daquele que os chamou para uma nova vida. O próprio Catecismo da Igreja reconhece a necessidade do trabalho pastoral dos fiéis, uma vez que, sem essa ação, o ‘apostolado dos pastores não poderia obter seu pleno efeito. Meus agradecimentos a todos os cristãos leigos que hoje dividem conosco o peso da responsabilidade de anunciar Jesus Cristo num mundo cada vez mais plural e relativista. Espero que em nossa caminhada e trabalho, jamais desviemos o olhar da tradição que recebemos dos apóstolos e, assim como eles, nos mantenhamos sempre perseverantes na Doutrina, na Oração e na Comunhão Fraterna”, destacou dom Argemiro, que estimula todos a tomarem parte nas atividades que seguem ‘a partir de hoje até o dia 30 de novembro de 2028, quando naquele dia entoaremos nossa Ação de Graças a Deus pelos 100 anos da Diocese de Assis. Em Cristo Jesus, o Bom Pastor!”, concluiu o bispo diocesano.
Paróquias da Diocese
Assis (Par. Sagrado Coração de Jesus e São Francisco de Assis; Par. São Vicente de Paulo; Par. Nossa Senhora das Graças; Par. Santa Cecília; Par. São Nicolau; Par. Nossa Senhora das Dores; Par. Nossa Senhora de Fátima; Par. Nossa Senhora Aparecida; Par. São Judas Tadeu); Cândido Mota (Par. Nossa Senhora das Dores); Paraguaçu Paulista (Par. Nossa Senhora da Paz); Quatá (Par. Santo Antônio); João Ramalho (Par. São João Batista); Rancharia (Par. Santo Antônio); Iepê (Par. São João Batista); Nantes (Par. São Sebastião); Maracaí (Par. Nossa Senhora do Patrocínio); São José das Laranjeiras (Par. São José); Cruzália (Par. São Sebastião); Pedrinhas Paulista (Par. São Donato); Florínea (Par. São José); Tarumã (Par. Santo André); Palmital (Par. São Sebastião; Par. Santo Antônio); Platina (Par. Nossa Senhora do Carmo); Echaporã (Par. Nossa Senhora Aparecida); Oscar Bressane (Par. Nossa Senhora do Carmo); Lutécia (Par. Nossa Senhora da Boa Esperança)