A cândido-motense Juliana Baltazar Jaqueta, mãe do adolescente de 15 anos agredido na noite da última terça-feira, dia 18, procurou o jornal e portal O Diário do Vale para pedir justiça. Ela registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Cândido Mota/SP, que investiga o caso.
Segundo ela, seu filho foi espancado por quatro meninos, dois maiores e dois menores de idade, após sair do serviço por volta das 23h20, na rua São Paulo, em Cândido Mota.
De acordo com Juliana, os meninos bateram em seu filho por ciúmes de uma menina que faz curso com ele. “Ficamos sabendo que a namorada de um deles terminou o relacionamento e diz que gosta do meu filho, mas ele não tem nenhum relacionando com ela, apenas são colegas de curso. Nada disso justifica o que fizeram. Esperaram ele na saída do serviço, derrubaram meu filho da bicicleta e espancaram. Ele ficou sem reação e um deles bateu muito na cabeça, os outros ficam de apoio. Quando meu filho conseguiu desvencilhar dele, o levaram para um barracão que está em construção e batem mais. As pessoas passam pela rua e não fazem nada. Até que uma advogada passou e socorreu meu filho”, relata indignada.
Durante a semana circulou nas redes sociais, uma gravação das agressões feita pelos próprios meninos. “A patroa do menino agredido fechou o comércio e foi ajudar a socorrer. Ninguém chamou a polícia. Estou em casa e ela chega com ele todo ensanguentado. Chegou com a cabeça inchada, bateram demais. Além das imagens que conseguimos da rua, há uma gravação feita por eles mesmos espancando meu filho. Estão espalhando para a cidade toda como se fossem os machões. Isso não pode ficar assim”, diz.
A mãe relata que fez boletim de ocorrência e que fará de tudo pela justiça do seu filho. “Estou lutando e não vou parar. Poderia ter acontecido coisa pior. Meu filho não conhece esses meninos. Entrei em contato com duas mães, mas continuam como se nada tivesse acontecido. Ele está com medo, não sai mais sozinho. Tenho que levar e buscar nos lugares. Está tomando medicação e graças a Deus está melhor, mas foi muita pancadaria. Meu filho não está vivendo mais. Ele é trabalhador, honesto e muito querido em Cândido Mota. Não é bandido e não criei filho para ser espancado desse jeito. Consegui mais vídeos e retornarei na delegacia. Estão mostrando para a cidade inteira que são os machões. Isso não pode ficar assim”, conclui Juliana.
(Fotos: reprodução vídeo enviado por Juliana)