“Coisa linda”! Assim definiu a minha amada Princesa Déa, após participarmos no caixa e na Barraca do E.C.C., na décima quarta Festa do Milho da nossa Paróquia Nossa Senhora das Dores de Cândido Mota (SP).
A tradicional festa do milho quando foi idealizada pela nossa comunidade, foi com o objetivo de angariar fundos para a nossa Paróquia e ao mesmo tempo fazer uma festa para a família, com a excelência na produção dos quitutes, um valor razoável para todos e tentar envolver toda a comunidade rurais e urbanas e todas as Pastorais.
Antes de surgir a escolha da festa do milho, foi cogitado também pelo nosso Pároco Frei Ismael na época, como a nossa cidade já foi conhecida como a “capital da mandioca”, se haveria a possibilidade de fazermos uma festa utilizando da mandioca, mas inspirados pelo Espírito Santo, chegamos a um denominador comum e o milho foi o vencedor.
A primeira festa, era totalmente aberta e sem cobertura das tendas, mesmo com a chuva do domingo, vendeu tudo o que produzimos, a população vinha buscar de guarda-chuva.
A segunda festa em virtude da chuva da primeira, já foi toda coberta e com um visual muito bonito e a produção dos alimentos também aumentaram, sempre focando na qualidade.
Várias inovações na parte estrutural foram realizadas e a cada festa se aumenta a produção e as estruturas, em um trabalho árduo, mas o cansaço é vencido pela a vontade de servir, da doação do nosso povo de Deus.
Várias mãos abençoadas se juntaram em um clima de doação, desde os caridosos agricultores que sempre nos ajudam com o milho, este ano em virtude da seca e do plantio antecipado, tivemos que comprar a maior parte, às mãos abençoadas do povo de Deus que fica por trás dos bastidores, pegando o milho na roça, descarregando, descascando, cortando, separando e selecionando as palhas, ralando o milho e elaborando com o tempero do amor os alimentos, tornando referência na região; um amigo meu já quis “contratar”, nossa gente para fazer pamonhas em uma comunidade em Assis.
Nas barracas, a gentileza angelical dos colaboradores, conseguiu acalmar os ânimos exaltados dos consumidores que chegavam cansados com a fila dos caixas que parecia uma “sucuri”, querendo engolir os caixas (risos), mas nós sempre com o amor Ágape nos lábios, no atendimento falávamos “boa-noite, bom-dia, boa-tarde meu anjo”, “Deus o abençoe”, já quebrava um pouco a impaciência e nas críticas feitas sempre damos razão para o consumidor, que algumas vezes não tem a empatia de estar do outro lado e não conhece a dinâmica do voluntariado e da estrutura da festa.
Em festa popular a virtude da paciência tem que ser a melhor, a determinante na relação social, a produção artesanal provavelmente nunca, NUNCA, irá dar conta em uma festa desta magnitude.
O trabalho da nossa gente é árduo, são meses de preparação, são dias com a mão na massa, são horas sem parar, no caixa a sintonia reinou, cada caixa ajudava o outro. Tem voluntários que ficam procurando onde ajudar, é a vontade de servir é a alegria de ser e de estar em comunidade, isso é objetivo.
Sempre somos indagados quando vamos acabar com as filas, provavelmente nunca, só o dia que a festa não for um sucesso.
No caixa vi que tinha muita gente de Assis, conversei com alguns e elogiaram a nossa festa e o nosso trabalho, sendo compassivo no entendimento de uma festa popular que envolve o trabalho voluntário, uns me disseram que sempre vêm aqui, elogios estes que apagam qualquer crítica desanimadora.
Conversei com um cidadão, muito simpático de Assis, estava usando um chapéu, para descontrair a gente no caixa e ele, falei que aquele chapéu só quem tem é o Sérgio Reis e o Almir Sater.
Gratidão a toda a nossa comunidade, aos paroquianos, ao nosso Pároco Frei Décio, presente sentindo o calor do fogo do gás e do Espírito Santo, aos nossos Freis Franciscanos, sempre ao nosso lado, ao competente Conselho Administrativo Paroquial atual e ao antigo Conselho e ao Frei Ismael que deram início a festa, ao Prefeito Municipal Eraldo pela sua parceira e em especial aos nossos agentes ambientais (garis), limpando as ruas com alegria, infelizmente ainda estamos longe do entendimento que às ruas, as praças, os terrenos, enfim todo o nosso meio ambiente faz parte da nossa casa, é a nossa “casa comum”, é a extensão do nosso lar.
Enfim, gratidão a todos os parceiros patrocinadores, Prefeitura Municipal, Câmara dos Vereadores, Sicoob Credimota, Casa di Conti, Coopermota.
Aquele abraço fraterno.
Romildo e Andréa Carvalho, agentes de Pastoral, da Paróquia Nossa Senhora das Dores de Cândido Mota (SP)