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Professor de Assis é afastado após contar para alunos supostas experiências como garota de programa

Diretoria de Ensino (DE) de Assis tomou as providências necessárias assim que foi comunicada do ocorrido, em 11 de março

Um professor foi afastado das atividades escolares após relatar para alunos em sala de aula supostas experiências como garota de programa travesti. O caso foi registrado em uma escola estadual de Assis/SP e a Secretaria Estadual de Educação informou que abriu uma comissão para apurar o caso.
O docente do segundo ciclo do ensino fundamental, que tem a maioria dos estudantes com menos de 14 anos, relatou suas supostas experiências como travesti durante uma das aulas. Em uma gravação, é possível ouvi-lo reclamar do salário como professor e questionar se os alunos nunca tiveram um professor travesti.
“O salário de professor é muito baixo, e a renda extra que eu faço como F., eu ganho muito mais do que como professor, porque eu tenho vários clientes. Eu não, a F. tem vários clientes. Não fique chocado. Você nunca teve um professor que é travesti à noite?”, indaga.
“Alguém aqui tem algum problema com travesti? Porque, se tiver, a gente resolve na gilete”, diz.
Ele ainda dá detalhes do trabalho e afirma que faz programa “tanto com meninos quanto com meninas”. Na sequência, o professor pontua que deixará os alunos “matarem a curiosidade a respeito da travesti” e que eles podem “perguntar o que quiserem”.
Os estudantes chegam a indagá-lo sobre relações com homens e mulheres e, até mesmo, com outras travestis. Em todas as perguntas, o professor responde e dá detalhes do trabalho como garota de programa.
“A F. é flexível… Depende do cliente. Se o cliente quiser que a F. seja passiva, vai ter que pagar mais”, relata em um dos momentos.
Em nota, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo disse que a “Diretoria de Ensino (DE) de Assis tomou as providências necessárias assim que foi comunicada do ocorrido, em 11 de março. Uma comissão preliminar foi instalada e o professor está afastado do exercício das funções”. Informou também que segue “à disposição da comunidade escolar para maiores esclarecimentos”.

(g1/Bauru e Marília)

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